nav-logo
Compartilhe

    Linfoma de Hodgkin: o que é, causas e tratamento

    Câncer que atinge o sistema linfático é altamente curável com o tratamento precoce

    Fonte: Dr. Vinicius SoaresHematologistaPublicado em 11/09/2025, às 08:55 - Atualizado em 16/09/2025, às 08:55

    Linfoma de Hodgkin

    O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer hematológico, que atinge o sistema linfático. Ele surge quando as células de defesa do corpo se transformam em malignas.

    Um dos primeiros sinais é o aumento dos linfonodos, conhecidos como gânglios ou ínguas. Pode ocorrer em qualquer idade, porém, geralmente acomete adultos jovens ou pessoas com mais de 50 anos. A seguir, veja detalhes sobre as causas do linfoma de Hodgkin, formas de diagnóstico e tratamento.

    O que é linfoma de Hodgkin?   

    O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, que é composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que contribuem com a imunidade. 

    Geralmente, esse câncer se espalha de forma ordenada, ou seja, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. 

    Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais frequente entre adultos e idosos. De forma geral, os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin. 

    O que causa linfoma de Hodgkin?  

    As causas do linfoma de Hodgkin não estão totalmente esclarecidas. Porém, envolve questões genéticas, ambientais e imunológicas. 

    A doença surge quando uma célula de defesa do corpo (linfócito) se torna maligna e começa a se multiplicar de forma desordenada. Origina-se com maior frequência na região do pescoço e tórax (mediastino). 

    O risco aumenta em pessoas com o sistema imune comprometido, como quem tem HIV e pacientes que fazem uso de drogas imunossupressoras, indicadas para evitar rejeição após transplantes de órgãos. 

    Em uma boa parcela de casos, há associação com vírus EBV (Epstein-Barr) e HIV. 

    Quais são os sintomas de Linfoma de Hodgkin?   

    Os sintomas de linfoma de Hodgkin variam de acordo com a região atingida e se desenvolvem gradualmente.  Entre os principais, estão: 

    • Inchaço dos gânglios linfáticos, ou seja, caroços que surgem sob a pele, principalmente nas áreas do pescoço, axilas e virilha;   
    • Febre persistente e inexplicada;   
    • Perda de peso sem causa;   
    • Fadiga;   
    • Dores no corpo;   
    • Suor noturno;  
    • Infecções frequentes;  
    • Tosse ou falta de ar.

    Como é feito o diagnóstico?   

    É fundamental que o indivíduo busque auxílio médico quando surgirem os sintomas para ter um diagnóstico precoce. 

    Após avaliar os sinais e sintomas, o médico solicitará exames de imagens, como a tomografia computadorizada. Também podem ser solicitados exames de sangue para verificar a saúde do paciente. 

    A confirmação do diagnóstico geralmente acontece após uma biópsia, que envolve a remoção de uma amostra de tecido de um gânglio linfático. 

    A biópsia pode ser guiada por ultrassonografia -ou tomografia computadorizada, – ou por meio de uma cirurgia para a retirada completa do linfonodo acometido. 

    Painel Genético para Doenças Linfoproliferativas 

    Além dos métodos de diagnóstico como a biópsia, existem hoje exames avançados como o Painel Genético para Doenças Linfoproliferativas. Ele permite uma caracterização mais precisa da doença, especialmente nos casos em que os métodos histológicos e imuno-histoquímicos não são conclusivos. 

    O exame utiliza a tecnologia de Sequenciamento de Nova Geração (NGS) para identificar mutações em 73 genes relacionados a essas enfermidades. A análise é realizada a partir de tecido tumoral de linfomas. 

    A técnica possui alta sensibilidade, sendo capaz de detectar alterações genéticas em cerca de 5% da amostra. Além do Linfoma de Hodgkin, o painel pode ser utilizado para a avaliação de diversas outras doenças linfoproliferativas, como o Linfoma Difuso de Grandes Células B (DLBCL), Linfoma Folicular e Linfoma de Células do Manto. 

    O painel genético auxilia não apenas no diagnóstico e prognóstico, mas seus resultados podem direcionar o médico à abordagem de tratamento mais adequada.

    Agendar exames

    Linfoma de Hodgkin tem cura?    

    Sim. O linfoma de Hodgkin é considerado altamente curável. A cura é mais frequente quando o câncer é diagnosticado precocemente, – e o tratamento é iniciado logo após o diagnóstico. 

    Como é feito o tratamento?   

    O tratamento do linfoma de Hodgkin depende do estágio da doença, o subtipo de linfoma e a saúde geral do paciente. 

    Geralmente, envolve a combinação de quimioterapia com radioterapia. Na quimioterapia, são administrados medicamentos que visam destruir as células malignas. Já na radioterapia, estas células são destruídas por meio da radiação. 

    Vale lembrar que, mesmo após a cura, é fundamental realizar o acompanhamento médico regular para monitorar a remissão da doença. O transplante de medula óssea pode estar indicado em alguns casos. 

    Agendar consulta online

     

     

    Publicado em: 13/10/2023

    Atualizado em: 11/09/2025

     

    Encontrou a informação que procurava?
    nav-banner

    Veja também

    Escolha o melhor dia e lugarAgendar exames