nav-logo
Compartilhe

Mastite: sintomas, causas e como tratar

A mastite é um processo inflamatório que atinge, mais frequentemente, pessoas em fase de amamentação. A doença gera dor, inchaço e vermelhidão na mama.

Por Tiemi OsatoPublicado em 26/06/2023, às 17:43 - Atualizado em 12/04/2024, às 12:14

Mastite

Fonte: Patricia Kajikawa, mastologista do Hospital Nove de Julho e do Centro de Oncologia do Hospital Leforte Liberdade, em São Paulo. 

Durante o período de amamentação, é preciso adotar alguns cuidados para que tudo corra da melhor forma possível. Vale ficar atento, por exemplo, à mastite. 

O que é mastite? 

Mastite é um processo inflamatório que acontece na mama. A doença pode se manifestar de forma aguda ou crônica, sendo infecciosa ou não infecciosa. 

É mais comum que essa condição afete mulheres em fase de amamentação e tenha caráter agudo e infeccioso. A mastite puerperal pode surgir a qualquer momento, mas costuma aparecer entre a segunda e a quinta semana após o parto em mães de primeira viagem. 

A mastite também pode afetar, com menor frequência, homens e mulheres que não estão amamentando. 

Clique aqui para falar com um médico

O que causa mastite? 

Em mulheres que estão amamentando, a mastite pode ser desencadeada pela pega inadequada do bebê. 

Uma posição incorreta favorece a formação de fissuras no mamilo e, assim, facilita a entrada de bactérias no organismo — onde elas podem se proliferar, principalmente se houver leite parado nas mamas (estase láctea). 

Já em pessoas não lactantes, a mastite pode estar ligada a: 

  • Infecções, como tuberculose e sífilis; 
  • Patógenos, como vírus e fungos; 
  • Tabagismo; 
  • Fatores autoimunes (como se suspeita em casos de mastite granulomatosa crônica). 

Sintomas da mastite 

Em geral, a mastite afeta apenas um seio. Os sintomas mais comuns são dor, inchaço e vermelhidão na mama. Pode haver ainda aumento de temperatura na região, associado ou não à febre. 

Como é feito o diagnóstico? 

Usualmente, o diagnóstico de mastite é clínico. Um mastologista consegue identificar o quadro por meio de um exame físico.  

Além disso, o médico pode solicitar uma ultrassonografia, caso suspeite de um abscesso mamário — que, se existir, deve ser drenado por meio de uma cirurgia como parte do tratamento. 

Tratamentos para mastite 

O tratamento da mastite depende da causa. Na mastite puerperal, são empregados antibióticos para combater a infecção e analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor. 

Também é importante que as lactantes adotem medidas não medicamentosas, como: 

  • Manter as mamas sempre esvaziadas (ou seja, amamentar frequentemente e começar pela mama afetada. Se preciso, fazer ordenhas manuais ou com bombinha); 
  • Massagear as mamas com movimentos circulares nos locais endurecidos (para evitar obstruções no ducto mamário, por onde o leite passa); 
  • Ingerir bastante água para manter a hidratação; 
  • Evitar o uso de sutiãs apertados; 
  • Usar compressas frias com cautela e orientação médica (não utilizar compressas quentes). 

Como prevenir a mastite? 

Para prevenir a mastite puerperal, é fundamental que a pega do bebê durante a amamentação esteja correta. Assim, o risco de surgirem rachaduras no mamilo diminui. Se a mãe sentir alguma dificuldade – o que é normal nesse início, deve buscar ajuda com o pediatra ou com uma enfermeira consultora em amamentação. 

Se já houver fissuras, elas podem ser tratadas com laser terapêutico de baixa intensidade e luz de LED. 

Outro fator essencial na prevenção da mastite é evitar o ingurgitamento das mamas, ou seja, o enchimento excessivo com leite. Recomenda-se que a amamentação seja frequente e, se necessário, que sejam feitas ordenhas para esvaziar as mamas. 

Clique aqui para falar com um médico

Encontrou a informação que procurava?
nav-banner

Veja também