Mastite: sintomas, causas e como tratar
A mastite é um processo inflamatório que atinge, mais frequentemente, pessoas em fase de amamentação. A doença gera dor, inchaço e vermelhidão na mama.
Neste artigo, você vai ler:
Fonte: Patricia Kajikawa, mastologista do Hospital Nove de Julho e do Centro de Oncologia do Hospital Leforte Liberdade, em São Paulo.
Durante o período de amamentação, é preciso adotar alguns cuidados para que tudo corra da melhor forma possível. Vale ficar atento, por exemplo, à mastite.
O que é mastite?
Mastite é um processo inflamatório que acontece na mama. A doença pode se manifestar de forma aguda ou crônica, sendo infecciosa ou não infecciosa.
É mais comum que essa condição afete mulheres em fase de amamentação e tenha caráter agudo e infeccioso. A mastite puerperal pode surgir a qualquer momento, mas costuma aparecer entre a segunda e a quinta semana após o parto em mães de primeira viagem.
A mastite também pode afetar, com menor frequência, homens e mulheres que não estão amamentando.
O que causa mastite?
Em mulheres que estão amamentando, a mastite pode ser desencadeada pela pega inadequada do bebê.
Uma posição incorreta favorece a formação de fissuras no mamilo e, assim, facilita a entrada de bactérias no organismo — onde elas podem se proliferar, principalmente se houver leite parado nas mamas (estase láctea).
Já em pessoas não lactantes, a mastite pode estar ligada a:
- Infecções, como tuberculose e sífilis;
- Patógenos, como vírus e fungos;
- Tabagismo;
- Fatores autoimunes (como se suspeita em casos de mastite granulomatosa crônica).
Sintomas da mastite
Em geral, a mastite afeta apenas um seio. Os sintomas mais comuns são dor, inchaço e vermelhidão na mama. Pode haver ainda aumento de temperatura na região, associado ou não à febre.
Como é feito o diagnóstico?
Usualmente, o diagnóstico de mastite é clínico. Um mastologista consegue identificar o quadro por meio de um exame físico.
Além disso, o médico pode solicitar uma ultrassonografia, caso suspeite de um abscesso mamário — que, se existir, deve ser drenado por meio de uma cirurgia como parte do tratamento.
Tratamentos para mastite
O tratamento da mastite depende da causa. Na mastite puerperal, são empregados antibióticos para combater a infecção e analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor.
Também é importante que as lactantes adotem medidas não medicamentosas, como:
- Manter as mamas sempre esvaziadas (ou seja, amamentar frequentemente e começar pela mama afetada. Se preciso, fazer ordenhas manuais ou com bombinha);
- Massagear as mamas com movimentos circulares nos locais endurecidos (para evitar obstruções no ducto mamário, por onde o leite passa);
- Ingerir bastante água para manter a hidratação;
- Evitar o uso de sutiãs apertados;
- Usar compressas frias com cautela e orientação médica (não utilizar compressas quentes).
Como prevenir a mastite?
Para prevenir a mastite puerperal, é fundamental que a pega do bebê durante a amamentação esteja correta. Assim, o risco de surgirem rachaduras no mamilo diminui. Se a mãe sentir alguma dificuldade – o que é normal nesse início, deve buscar ajuda com o pediatra ou com uma enfermeira consultora em amamentação.
Se já houver fissuras, elas podem ser tratadas com laser terapêutico de baixa intensidade e luz de LED.
Outro fator essencial na prevenção da mastite é evitar o ingurgitamento das mamas, ou seja, o enchimento excessivo com leite. Recomenda-se que a amamentação seja frequente e, se necessário, que sejam feitas ordenhas para esvaziar as mamas.