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    Pedra na vesícula: sintomas, causas e tratamento

    Problema pode vir acompanhado de dores, náuseas e vômitos, por isso requer uma série de cuidados

    Fonte: Dra. Vanessa PradoMédica coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivoPublicado em 30/11/2022, às 12:58 - Atualizado em 22/11/2023, às 11:13

    Pedra na vesícula ou cálculos biliares. Não importa muito como você já ouviu falar sobre esse assunto. O fato é que se trata de um problema que pode acometer qualquer pessoa, embora seja mais comum em mulheres e idosos.

    Para se ter ideia, segundo informações do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, o problema afeta cerca de 10 milhões de brasileiros. Mas afinal, como e por que essas pedras se formam? 

    Em primeiro lugar é importante que você saiba que a vesícula participa do processo de digestão e tem a função de armazenar a bile – substância produzida pelo fígado – que ajuda a processar os alimentos gordurosos.

    Nesse sentido, a bile carrega uma mistura de substâncias como água, sais biliares e colesterol e, uma vez que essa concentração de colesterol na bile aumenta, as pedras se formam.

    A seguir, veja mais detalhes sobre o tema.

    Sintomas de pedra na vesícula

    A dor clássica que a pedra na vesícula costuma apresentar é localizada do lado direito do abdômen, na região chamada hipocôndrio direito que fica logo abaixo das costelas. i Essa dor pode se irradiar para as costas, principalmente do lado direito e pode ainda causar sintomas como:

    • Dor no andar superior do abdômen (em cima do umbigo) que muitas vezes vem acompanhada com má digestão e sensação de estufamento;
    • Náusea: em alguns casos quando se ingere alimentos ricos em gordura e frituras;
    • Vômito;
    • Febre.

    Vale destacar que nem todos os indivíduos irão apresentar sintomas. Alguns podem passar a vida toda sem ter qualquer manifestação.

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    Causas

    A causa da pedra na vesícula é um distúrbio da bile, ou seja, das concentrações de suas substâncias como água, sais biliares e colesterol. Portanto, quando ocorre um distúrbio nessa composição da bile, formam-se essas pedras.

    Existem alguns fatores que favorecem a formação da pedra na vesícula, são eles:

    • Alimentação rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras;
    • Sedentarismo; 
    • Alto grau de LDL (ruim colesterol) e diminuição do HDL (bom colesterol);
    • Diabetes;
    • Obesidade;
    • Hipertensão;
    • Tabagismo;
    • Uso prolongado de anticoncepcionais;
    • Elevação do nível de estrogênio (hormônio sexual feminino);
    • Predisposição genética.

    Dieta para quem tem pedra na vesícula: o que comer?

    Aposte em uma alimentação rica em legumes e verduras, pois ambas melhoram o hábito intestinal. Além disso, inclua no cardápio:

    • Frutas;
    • Produtos integrais: pão, arroz, macarrão e bolachas;
    • Grãos integrais: aveia, chia e linhaça. 

    Deve-se evitar alimentos gordurosos e/ou frituras em geral, produtos industrializados como bolacha recheada ou salgadinhos;

    Amendoim, salsichas, linguiças, carnes vermelhas, margarina, leite integral e queijos amarelos, como cheddar e mussarela, também devem ficar fora da lista.

    Diagnóstico e tratamento

    O principal exame para o diagnóstico de pedra na vesícula é um simples ultrassom abdominal. Com ele, o profissional poderá observar órgãos e tecidos em tempo real, por meio de ondas sonoras de alta frequência.

    Já o tratamento para pedra na vesícula é cirúrgico. Medicamentos só serão utilizados eventualmente para amenizar os sintomas de dor e evitar que o indivíduo tenha vômitos constantes.

    A cirurgia é indicada para pacientes com sintomas (ou seja, que já apresentaram crise de colecistite aguda) e para alguns pacientes com maior risco de complicação, como pessoas com diabetes, moradores de zonas remotas com dificuldade de acesso a cuidados de saúde, pacientes com vesícula calcificada ou, ainda, pacientes com microcálculos que podem migrar para o pâncreas e causar pancreatite aguda.  A indicação sempre deve ser avaliada pelo especialista.

    Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva e atualmente realizada por videolaparoscopia. Feita sob anestesia geral e com cortes geralmente pequenos, por onde um tubo que contém uma microcâmera em seu interior é introduzido para realização do procedimento, que consiste na retirada de toda a vesícula biliar. Em muitos casos é possível que a pessoa receba alta hospitalar no mesmo dia. No entanto, caso o processo inflamatório seja prolongado e a vesícula estiver inflamada ou espessa, a situação pode se tornar grave. Por isso, procure sempre um médico de sua confiança para ter a melhor orientação de acordo com o seu caso.

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