Pedra na vesícula: sintomas, causas e tratamento
Problema pode vir acompanhado de dores, náuseas e vômitos, por isso requer uma série de cuidados
Pedra na vesícula ou cálculos biliares. Não importa muito como você já ouviu falar sobre esse assunto. O fato é que se trata de um problema que pode acometer qualquer pessoa, embora seja mais comum em mulheres e idosos.
Para se ter ideia, segundo informações do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, o problema afeta cerca de 10 milhões de brasileiros. Mas afinal, como e por que essas pedras se formam?
Neste artigo, você vai ler:
Em primeiro lugar é importante que você saiba que a vesícula participa do processo de digestão e tem a função de armazenar a bile – substância produzida pelo fígado – que ajuda a processar os alimentos gordurosos.
Nesse sentido, a bile carrega uma mistura de substâncias como água, sais biliares e colesterol e, uma vez que essa concentração de colesterol na bile aumenta, as pedras se formam.
A seguir, veja mais detalhes sobre o tema.
Sintomas de pedra na vesícula
A dor clássica que a pedra na vesícula costuma apresentar é localizada do lado direito do abdômen, na região chamada hipocôndrio direito que fica logo abaixo das costelas. i Essa dor pode se irradiar para as costas, principalmente do lado direito e pode ainda causar sintomas como:
- Dor no andar superior do abdômen (em cima do umbigo) que muitas vezes vem acompanhada com má digestão e sensação de estufamento;
- Náusea: em alguns casos quando se ingere alimentos ricos em gordura e frituras;
- Vômito;
- Febre.
Vale destacar que nem todos os indivíduos irão apresentar sintomas. Alguns podem passar a vida toda sem ter qualquer manifestação.
Causas
A causa da pedra na vesícula é um distúrbio da bile, ou seja, das concentrações de suas substâncias como água, sais biliares e colesterol. Portanto, quando ocorre um distúrbio nessa composição da bile, formam-se essas pedras.
Existem alguns fatores que favorecem a formação da pedra na vesícula, são eles:
- Alimentação rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras;
- Sedentarismo;
- Alto grau de LDL (ruim colesterol) e diminuição do HDL (bom colesterol);
- Diabetes;
- Obesidade;
- Hipertensão;
- Tabagismo;
- Uso prolongado de anticoncepcionais;
- Elevação do nível de estrogênio (hormônio sexual feminino);
- Predisposição genética.
Dieta para quem tem pedra na vesícula: o que comer?
Aposte em uma alimentação rica em legumes e verduras, pois ambas melhoram o hábito intestinal. Além disso, inclua no cardápio:
- Frutas;
- Produtos integrais: pão, arroz, macarrão e bolachas;
- Grãos integrais: aveia, chia e linhaça.
Deve-se evitar alimentos gordurosos e/ou frituras em geral, produtos industrializados como bolacha recheada ou salgadinhos;
Amendoim, salsichas, linguiças, carnes vermelhas, margarina, leite integral e queijos amarelos, como cheddar e mussarela, também devem ficar fora da lista.
Diagnóstico e tratamento
O principal exame para o diagnóstico de pedra na vesícula é um simples ultrassom abdominal. Com ele, o profissional poderá observar órgãos e tecidos em tempo real, por meio de ondas sonoras de alta frequência.
Já o tratamento para pedra na vesícula é cirúrgico. Medicamentos só serão utilizados eventualmente para amenizar os sintomas de dor e evitar que o indivíduo tenha vômitos constantes.
A cirurgia é indicada para pacientes com sintomas (ou seja, que já apresentaram crise de colecistite aguda) e para alguns pacientes com maior risco de complicação, como pessoas com diabetes, moradores de zonas remotas com dificuldade de acesso a cuidados de saúde, pacientes com vesícula calcificada ou, ainda, pacientes com microcálculos que podem migrar para o pâncreas e causar pancreatite aguda. A indicação sempre deve ser avaliada pelo especialista.
Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva e atualmente realizada por videolaparoscopia. Feita sob anestesia geral e com cortes geralmente pequenos, por onde um tubo que contém uma microcâmera em seu interior é introduzido para realização do procedimento, que consiste na retirada de toda a vesícula biliar. Em muitos casos é possível que a pessoa receba alta hospitalar no mesmo dia. No entanto, caso o processo inflamatório seja prolongado e a vesícula estiver inflamada ou espessa, a situação pode se tornar grave. Por isso, procure sempre um médico de sua confiança para ter a melhor orientação de acordo com o seu caso.