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    Pólipo endometrial: maioria dos casos são benignos

    Lesão costuma ser removida por histeroscopia, um procedimento considerado minimamente invasivo

    Fonte: Dra. Adriana Bittencourt CampanerMédica ginecologistaPublicado em 15/04/2024, às 14:48 - Atualizado em 19/04/2024, às 10:20

    Polipo endometrial

    O endométrio é o tecido que reveste o útero internamente. Ao longo do ciclo menstrual, ele recebe estímulos hormonais para ficar mais espesso e abrigar um eventual embrião. Não ocorrendo a gravidez, o endométrio descama e sai na menstruação. Uma das condições que pode afetar esse tecido é o pólipo endometrial. 

    O que é pólipo endometrial?  

    O pólipo endometrial também é chamado de pólipo uterino. Essa condição consiste no crescimento anormal de células do endométrio, o que gera uma saliência no tecido. É, basicamente, uma hipertrofia que assume a forma de uma “prega” ou “dobra”. 

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    Os pólipos têm diferentes tamanhos, variando de alguns milímetros a centímetros, e podem ser únicos ou múltiplos. Além disso, podem atingir pacientes em idade fértil ou na pós-menopausa. 

    Pólipo endometrial é grave?  

    Em geral, essa condição não é considerada grave, pois a grande maioria dos pólipos endometriais são benignos. No entanto, existem alguns casos em que há risco de malignidade (ou seja, câncer). 

    Outras complicaçõespossíveis, a depender do tamanho da lesão, são os sangramentos uterinos anormais com menstruação irregular, as hemorragias uterinas e a infertilidade. 

    O que causa pólipo endometrial?  

    A causa exata dos pólipos endometriais não é conhecida. Estudos sugerem que alguns fatores podem favorecer o desenvolvimento de tais lesões, como: 

    • Obesidade; 
    • Síndrome dos ovários policísticos; 
    • Uso prolongado de estrogênios; 
    • Uso de tamoxifeno para tratamento do câncer de mama. 

    Qual é a diferença entre pólipo endometrial e endometriose? 

    O pólipo endometrial corresponde a um crescimento anormal de células do endométrio, o que gera uma saliência nesse tecido. Vários casos são assintomáticos. 

    Já a endometriose é uma condição crônica na qual partes do endométrio estão fora da cavidade uterina – elas podem estar, por exemplo, nos ligamentos uterinos, nos ovários, no intestino, na bexiga, entre outras regiões. Essa doença está associada a um processo inflamatório que causa dor. 

    Quais são os sintomas de pólipo endometrial?  

    Muitas vezes, o pólipo endometrial é assintomático, sendo descoberto por exames de rotina. Mas, nas situações sintomáticas, pode haver: 

    • Sangramento menstrual irregular (inclusive com sangramento de escape); 
    • Sangramento menstrual aumentado; 
    • Sangramento uterino na pós-menopausa. 

    Como é feito o diagnóstico?  

    O pólipo endometrial pode ser detectado durante o exame especular, conduzido pelo médico ginecologista em consulta. Nesse caso, o pólipo é volumoso e se exterioriza pelo colo do útero. 

    A condição também pode ser diagnosticada por exames de imagem, como ultrassom transvaginal com doppler e histeroscopia (esta última consiste na visualização da cavidade do útero com uma câmera e é a escolha “padrão-ouro”). 

    Quando há suspeita de infertilidade, podem ser solicitadas a histerossalpingografia (um tipo de raio X com contraste) e a histerossonografia (um tipo de ultrassom com injeção de líquido dentro do útero). 

    Qual é o tratamento para pólipo endometrial?  

    O tratamento depende dos sintomas presentes, sendo geralmente por meio da retirada do pólipo endometrial – que, posteriormente, deve ser submetido a uma biópsia. 

    A remoção costuma ocorrer por histeroscopia. Este é um procedimento minimamente invasivo, que envolve a inserção de um tubo flexível (ao qual estão acoplados uma câmera e instrumentos) pela via transvaginal da paciente. A mulher recebe anestesia para a realização da histeroscopia. 

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