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Como a realidade virtual pode ajudar na reabilitação?

A realidade virtual pode ser aplicada para reabilitar indivíduos que tenham alguma doença ou sofrido algum acidente

Por Samantha CerquetaniPublicado em 11/07/2022, às 15:45 - Atualizado em 25/04/2023, às 13:43
Foto: shutterstock

A reabilitação de uma pessoa é um processo bastante complexo que pode ter a tecnologia como aliada. Uma forma que tem se mostrado eficaz é o uso de realidade virtual, ou seja, os usuários interagem com objetos virtuais por meio de movimentos dos corpos e realizam ações em um ambiente simulado. Parece ficção ou “coisa” de filme, mas já faz parte do cotidiano de muitos indivíduos.  

Atualmente, a realidade virtual é usada como uma ferramenta que estimula a recuperação de movimentos de pessoas que tiveram suas habilidades motoras afetadas por acidentes ou doenças.   

Um ponto importante é que a reabilitação virtual costuma fazer com que o indivíduo se sinta mais motivado, já que as atividades podem ser mais prazerosas.  

Geralmente, a pessoa realiza os movimentos e a repetição de forma mais lúdica. Na maioria das vezes, esses estímulos fazem com que a resposta cerebral seja mais rápida e o percurso seja mais leve e agradável.  

A seguir, veja abaixo algumas situações e problemas de saúde que a realidade virtual pode ser aplicada.  

Aumenta a tolerância à dor 

Quem sofreu um trauma, como fraturas, precisa lidar constantemente com a dor durante a reabilitação, principalmente se causou alguma limitação ou teve que passar por cirurgias e longos tempos de repouso.  

Pesquisas já mostram que a realidade virtual diminui as dores desses indivíduos, já que aumenta o estímulo visual e auditivo na mesma área do cérebro em que ocorre o estímulo da dor.  

Pode atuar em diferentes doenças 

A realidade virtual se mostra eficiente no tratamento de diversas doenças, como AVC (acidente vascular cerebral), Parkinson, lesões e problemas neurológicos. Também é indicada para pessoas que estão internadas por longos períodos.  

Melhora o equilíbrio 

A tecnologia pode ser usada para melhorar problemas de equilíbrios de pessoas que tenham doenças como AVC, lesão cerebral ou Parkinson. Os profissionais conseguem estimular movimentos do cotidiano e indicar o que precisa ser melhorado na reabilitação.  

Eficaz em crianças 

Foto: shutterstock

De forma lúdica, o uso da tecnologia pode ser a chave para manter uma criança envolvida no trabalho de reabilitação enquanto corrige suas limitações de movimento.  

Crianças e jovens que foram diagnosticadas com autismo, paralisia infantil, hipotonia (diminuição do tônus muscular), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) ou atrasos no desenvolvimento podem ser beneficiadas pela realidade virtual.  

Lesões ortopédicas 

Qualquer pessoa que teve uma lesão ortopédica, principalmente que provoque uma limitação da mobilidade funcional, pode se beneficiar do uso da realidade virtual durante a reabilitação. 

Melhora a saúde mental 

A realidade virtual também pode ser benéfica para quem tem ansiedade e depressão. Por envolver a imersão em um ambiente virtual gerado por tecnologia, pode minimizar o sofrimento psíquico e facilitar o processamento emocional. Sabe-se que o seu uso diminui significativamente os níveis de ansiedade, depressão, fadiga e dor. 

A realidade virtual é segura para ser usada na saúde? 

Sim. Apesar de ser uma tecnologia relativamente nova, as pesquisas realizadas até o momento apontam que é um método seguro e eficaz. Os estudos iniciais sobre seu uso mostram que há poucos riscos envolvidos no uso de realidade virtual nas sessões de fisioterapia, por exemplo. 

Fontes: Renata Zeigerman Frugoni, fisioterapeuta do Hospital Santa Paula e Maíra Loesch, médica, doutora em Ciências da Saúde e professora da Escola de Medicina da PUCPR  

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