Sedentarismo: quais suas consequências para a saúde?
A ausência ou diminuição de exercícios aumenta o risco de doenças
Sair do sedentarismo nem sempre é uma tarefa fácil. Quem não prefere se jogar no sofá em vez de se exercitar depois de um dia cansativo?
O sedentarismo pode ser definido como um estilo de vida em que o indivíduo passa a maior parte do tempo deitado ou sentado, o que provoca pouco gasto de calorias. No entanto, a ausência ou diminuição de exercícios aumenta o risco de doenças, como obesidade e problemas cardiovasculares.
Neste artigo, você vai ler:
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que se pratique exercícios físicos com intensidade moderada por cerca de 150 minutos semanais ou, se a atividade física for intensa, por 75 minutos por semana. No Brasil, de acordo com dados do IBGE, cerca de 47% dos brasileiros estão sedentários.
Consequências do sedentarismo para a saúde
O sedentarismo altera o funcionamento de todos os sistemas do organismo. Por conta disso, aumenta o risco de morte prematura por diversas causas.
Entre os principais efeitos da falta de atividade física para o corpo, estão:
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Diminuição da perda de calorias;
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Diminuição da força muscular;
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Dificuldade para processar gorduras e açúcar que são ingeridos;
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Redução da imunidade;
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Alterações na circulação sanguínea;
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Aumento de infecções e inflamações;
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Desequilíbrio hormonal;
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Alterações do sono.
Além disso, principalmente a longo prazo, o sedentarismo pode aumentar o risco de doenças. Entre elas, podemos citar:
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Obesidade;
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Doenças cardiovasculares, como infartos e AVC (Acidente Vascular Cerebral);
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Câncer;
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Osteoporose;
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Dores crônicas nas articulações;
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Depressão e ansiedade.
O sedentarismo e o risco de demência
Um dos fatores de risco para demências, como Alzheimer, é ter um estilo de vida sedentário.
Sabe-se que a predisposição genética é um item importante que contribui para o surgimento desse tipo de doença. No entanto, a prática de atividade física regular aumenta a circulação de sangue para o cérebro e estimula a formação de novos neurônios, o que permite que a atividade cerebral fique mais aguçada.
Além disso, com a idade, a estrutura cerebral sofre alterações em diversas regiões, que são responsáveis pela memória, planejamento motor e armazenamento de informações. O exercício físico também é uma estratégia eficaz para diminuir o risco de atrofia cerebral.
Portanto, sair do sedentarismo pode ser um fator protetivo contra as demências.
Como sair do sedentarismo?
O primeiro passo é se conscientizar da importância da atividade física para sair do sofá. Em seguida, a recomendação é começar devagar, mudando aos poucos a rotina ou iniciar alguma atividade que dê prazer, como caminhar em um parque.
Vale destacar que é melhor realizar algum tipo de exercício do que nenhum. Mas, para realmente ser eficaz, é preciso constância no processo. Em linhas gerais, quanto mais o seu corpo estiver em movimento, mais saudável você ficará.
Que tal iniciar com pequenas mudanças no dia a dia? A seguir, veja algumas dicas:
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Use menos escada rolante e elevador;
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Vá ao mercado e/ou à padaria caminhando;
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Inicie uma caminhada de 15 a 20 minutos diariamente pelo bairro;
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Levante a cada uma hora que estiver sentado trabalhando para beber água;
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Invista em algum esporte, como futebol, corrida ou volêi no final de semana;
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Se não gosta de academia, tente outras modalidades de exercícios, como pilates;
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Leve o animal de estimação para passear todos os dias.
Fonte: Janaina Candida, educadora física, personal trainer, ex-atleta de natação e pós-graduada em Biomecânica do Movimento e Treinamento Feminino.
Referência: Guia de atividade física para a população brasileira.