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Sedentarismo: quais suas consequências para a saúde?

A ausência ou diminuição de exercícios aumenta o risco de doenças

Por Samantha CerquetaniPublicado em 06/12/2022, às 13:41 - Atualizado em 26/07/2023, às 15:43

sedentarismo

Sair do sedentarismo nem sempre é uma tarefa fácil. Quem não prefere se jogar no sofá em vez de se exercitar depois de um dia cansativo?

O sedentarismo pode ser definido como um estilo de vida em que o indivíduo passa a maior parte do tempo deitado ou sentado, o que provoca pouco gasto de calorias. No entanto, a ausência ou diminuição de exercícios aumenta o risco de doenças, como obesidade e problemas cardiovasculares.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que se pratique exercícios físicos com intensidade moderada  por cerca de 150 minutos semanais ou, se a atividade física for intensa, por 75 minutos por semana. No Brasil, de acordo com dados do IBGE,  cerca de 47% dos brasileiros estão sedentários.

Consequências do sedentarismo para a saúde

O sedentarismo altera o funcionamento de todos os sistemas do organismo. Por conta disso, aumenta o risco de morte prematura por diversas causas.

Entre os principais efeitos da falta de atividade física para o corpo, estão:

  • Diminuição da perda de calorias;

  • Diminuição da força muscular;

  • Dificuldade para processar gorduras e açúcar que são ingeridos;

  • Redução da imunidade;

  • Alterações na circulação sanguínea;

  • Aumento de infecções e inflamações;

  • Desequilíbrio hormonal;

  • Alterações do sono.

Além disso, principalmente a longo prazo, o sedentarismo pode aumentar o risco de doenças. Entre elas, podemos citar:

  • Obesidade;

  • Doenças cardiovasculares, como infartos e AVC (Acidente Vascular Cerebral);

  • Diabetes;

  • Câncer;

  • Osteoporose;

  • Dores crônicas nas articulações;

  • Depressão e ansiedade.

O sedentarismo e o risco de demência

Um dos fatores de risco para demências, como Alzheimer, é ter um estilo de vida sedentário.

Sabe-se que a predisposição genética é um item importante que contribui para o surgimento desse tipo de doença. No entanto, a prática de atividade física regular aumenta a circulação de sangue para o cérebro e estimula a formação de novos neurônios, o que permite que a atividade cerebral fique mais aguçada.

Além disso, com a idade, a estrutura cerebral sofre alterações em diversas regiões, que são responsáveis pela memória, planejamento motor e armazenamento de informações. O exercício físico também é uma estratégia eficaz para diminuir o risco de atrofia cerebral.

Portanto, sair do sedentarismo pode ser um fator protetivo contra as demências.

Como sair do sedentarismo?

O primeiro passo é se conscientizar da importância da atividade física para sair do sofá. Em seguida, a recomendação é começar devagar, mudando aos poucos a rotina ou iniciar alguma atividade que dê prazer, como caminhar em um parque.

Vale destacar que é melhor realizar algum tipo de exercício do que nenhum. Mas, para realmente ser eficaz, é preciso constância no processo. Em linhas gerais, quanto mais o seu corpo estiver em movimento, mais saudável você ficará.

Que tal iniciar com pequenas mudanças no dia a dia? A seguir, veja algumas dicas:

  • Use menos escada rolante e elevador;

  • Vá ao mercado e/ou à padaria caminhando;

  • Inicie uma caminhada de 15 a 20 minutos diariamente pelo bairro;

  • Levante a cada uma hora que estiver sentado trabalhando para beber água;

  • Invista em algum esporte, como futebol, corrida ou volêi no final de semana;

  • Se não gosta de academia, tente outras modalidades de exercícios, como pilates;

  • Leve o animal de estimação para passear todos os dias.

Fonte: Janaina Candida, educadora física, personal trainer, ex-atleta de natação e pós-graduada em Biomecânica do Movimento e Treinamento Feminino.

Referência: Guia de atividade física para a população brasileira.

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