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Tosse seca persistente: possíveis causas

Lista de problemas vai desde tabagismo até refluxo gastroesofágico

Por Raquel RibeiroPublicado em 26/10/2022, às 17:19 - Atualizado em 03/08/2023, às 08:30
Foto: Shutterstock

Tosse. Todo mundo já teve ou tem nesse exato momento. Nem todo tipo de tosse precisa ser motivo de preocupação, mas será que a sua precisa? A tosse seca persistente, por exemplo, merece atenção. 

Se for por causa de um quadro viral, bacteriano, uma irritação por um produto agressivo como fumaça, cigarro ou produto químico inalado, aquele desconforto irá durar de um a três dias e depois pode melhorar. Agora, se persistir por mais tempo, já pode ser considerada uma tosse prolongada. Nesse sentido, é necessário saber qual é a causa. 

A seguir, você entende quais podem ser os motivos de uma tosse seca, além de dicas para aliviar esse incômodo quando é constante. Acompanhe!

Mas afinal, por que tossimos?

O ato de tossir nada mais é do que um reflexo de que há algo errado em nossa garganta, laringe, faringe, traqueia ou nos brônquios. 

Em outras palavras, a tosse é sempre uma resposta do organismo para nos alertar de algo não vai bem, podendo ser sinal de irritação, infecção, ou inflamação no aparelho respiratório.

Sua função é eliminar tudo que possa levar a riscos ao sistema respiratório, como vírus, bactérias, fungos, protozoários, substâncias tóxicas, corpos estranhos, entre outros.

O que pode causar tosse seca constante?

Geralmente, muitos dos cheiros que passam pelo nosso olfato podem irritar nossas vias aéreas. Além disso, a entrada de algumas substâncias e corpos estranhos também podem provocar a tosse. Nesse sentido, as principais causas são:

Tabagismo: a inalação constante de fumaça paralisa, e pode até destruir, as estruturas que aprisionam o muco e as substâncias estranhas ao corpo.

Infecções virais: como a gripe, as infecções virais podem causar inflamação e produção de muco.

Infecções bacterianas: tuberculose, coqueluche e pneumonia, por exemplo.

Infecções causadas por fungos: histoplasmose (doença causada pela inalação de esporos do fungo) e pneumocistose (doença infecciosa que atinge os pulmões). 

Poluição: é no ar que muitos vírus circulam e, quanto mais poluído ele estiver, maior a variedade de agentes infecciosos.

Alergias: causada por algum alimento ou medicamento que tem como resposta do organismo a tosse. 

Refluxo gastroesofágico: neste caso, a tosse ocorre quando a pessoa aspira o conteúdo ácido do  estômago ou quando esse líquido entra no esófago, que conecta a garganta ao estômago.

Tumores: benignos ou malignos de vias respiratórias, de tórax ou outros locais.

Problemas vasculares: como dilatação de grandes artérias.

Distúrbios de deglutição: com aspiração de saliva ou alimentos para via respiratória.

Tosse seca persistente: o que fazer?

Em primeiro lugar, é fundamental buscar um médico, pois nem sempre a tosse é reflexo de um problema nas vias respiratórias. E é por meio de uma consulta com um clínico geral, por exemplo, que será possível identificar o problema e assim fazer o diagnóstico.

Em segundo lugar, é recomendado se manter hidratado. Portanto, beba muita água. Essa atitude ajuda na hidratação das vias respiratórias. A quantidade a ser ingerida diariamente depende de fatores como idade e peso da pessoa, entre outras questões. 

Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicação do Ministério da Saúde, outra opção para aumentar a ingestão de líquido é apostar nos alimentos que possuem alta concentração de água, como o leite e as frutas, que têm entre 80% e 90% de água.

Outra dica é lavar o nariz com água. Em seguida, assoe. Essa atitude poderá ser capaz de eliminar a poeira, vírus e/ou bactérias que podem estar instaladas em suas narinas após sua respiração. 

Além disso, existe a opção de fazer a boa e conhecida inalação, que pode ser a tradicional ou a caseira. A primeira, usa-se o compressor, onde o soro fisiológico é inalado. Já na segunda, o vapor da água mineral é inalado após fervida e amornada. Ambos métodos ajudam na recuperação das vias respiratórias. 

Contudo, evite permanecer em locais sem ventilação. É recomendado que o ambiente esteja arejado para aumentar a circulação de ar e diminuir as chances de proliferação de doenças. Sendo possível, fuja também do ar condicionado.

Fontes: Carlos Machado, médico da família e clínico geral especialista em Medicina Preventiva; Jamal Azzam, cirurgião otorrinolaringologista e membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

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