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Saiba tudo sobre ansiedade

Descubra agora quais são seus sintomas, causas e tratamentos

Por Raquel RibeiroPublicado em 24/05/2022, às 20:05 - Atualizado em 25/05/2023, às 21:10
Foto: Shutterstock

A ansiedade é uma resposta fisiológica do nosso corpo para situações vistas como perigosas ou que necessitam de um pouco mais de atenção.   

Em outras palavras, estamos em alerta para reagir a qualquer momento, caso seja preciso.  

Logo, ficar ansioso diante dessas situações de estresse é totalmente normal. Mas você sabe quando a ansiedade passa a ser um problema? E quais os tipos que existem? É o que esclarecemos a partir de agora. Acompanhe! 

O que é ansiedade?

A ansiedade é um sentimento natural e adequado do nosso corpo em resposta a várias situações do dia a dia.   

Quando essa ansiedade se torna exagerada, intensa, permanece por vários dias promovendo um sofrimento significativo e interfere em diversas áreas da vida do indivíduo, provavelmente temos o que chamamos de transtorno de ansiedade  

O transtorno de ansiedade é um grupo composto por diversos transtornos psiquiátricos, que têm na ansiedade seu principal sintoma, são eles: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do pânico, transtorno de estresse pós-traumático, fobia social, fobia específica, agorafobia e ansiedade induzida por substâncias 

Tipos de ansiedade

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

Considerado um dos transtornos de ansiedade mais comuns, é caracterizado pelo estado de preocupação e nervosismo excessivo que dura por no mínimo seis meses. A preocupação pode ser em relação a vida pessoal, profissional e até estudantil, tendo a pessoa dificuldade de controlar essa ansiedade. 

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) 

É caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões. Alguns dos transtornos obsessivo-compulsivos são conhecidos por serem repetitivos, com foco no corpo, como beliscar a pele, por exemplo. 

Transtorno do Pânico (TP)

É caracterizado por uma ansiedade repentina e intensa que atinge um indivíduo provocando medo ou desconforto, acompanhado de sintomas como falta de ar, medo de morrer, aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, entre outros. O transtorno de pânico faz com que a pessoa desvie de locais que não são familiares a ela, por exemplo. 

Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) 

Como o próprio nome diz, é aquele transtorno desenvolvido após a pessoa vivenciar ou testemunhar um evento traumático. Ter passado por esse transtorno pode interferir em fazer atividades (mesmo quando não existe perigo aparente). Por exemplo, assistir televisão em casa sozinho. 

Transtorno induzido por substâncias

É um tipo de alteração mental causada pelo uso de substâncias, sendo reflexo da intoxicação ou da abstinência dessas substâncias, que podem ser desde medicamentos até mesmo drogas não permitidas por lei, como LSD (forte substância alucinógena) e maconha. 

Fobia Social

Trata-se de um transtorno psicológico em que a interação social causa uma ansiedade no indivíduo, tornando-o incapaz de estar cercado de outras pessoas, em situações simples do dia a dia, pelo medo do julgamento, humilhação ou constrangimento. 

Fobia Específica

São aqueles transtornos de ansiedade insistentes, intensos e irreais. Causam medo nas pessoas por conta de situações ou objetos específicos. Por exemplo: medo de agulhas (aicmofobia), medo de altura (acrofobia), medo de animais (zoofobia), entre outros. 

Agorafobia 

É o medo que pode causar apreensão e ansiedade diante de situações em que pode ser difícil escapar ou encontrar alguém disponível para prestar auxílio em uma crise de ansiedade ou pânico. Uma pessoa com agorafobia teme lugares fechados, estar em meio à multidão, usar transporte público, etc. 

O que causa ansiedade?

Não há uma só causa para a ansiedade. Em outras palavras, a ansiedade pode ser desencadeada por uma soma de fatores.   

Entre as causas mais possíveis estão: 

  • Fatores ambientais: a experiência de passar por algum trauma como morte de um ente querido, divórcio, bullying, abuso sexual, estresse no trabalho, escola ou por um desastre natural;
  • Fatores médicos: estresse por conta de uma doença como câncer ou doença cardíaca, efeitos colaterais de medicamentos ou substâncias como drogas, álcool e nicotina, entre outros;
  • Fatores genéticos: ter histórico de transtorno de ansiedade na família pode aumentar a probabilidade de uma pessoa ter ansiedade. 

Sintomas

A ansiedade pode se manifestar de diversas formas e os sintomas podem ser tanto físicos como psicológicos. 

Sintomas físicos: 

  • Falta de ar 
  • Taquicardia 
  • Náusea 
  • Dor de cabeça  
  • Tontura 
  • Dor no peito 
  • Sensação de bolo na garganta 
  • Insônia 
  • Dormência dos membros e dos lábios 

Sintomas psicológicos:

  • Ansiedade intensa 
  • Sensação de morte  
  • Antecipações negativistas de futuro  
  • Medo de sair de casa 
  • Pensamentos acelerados 
  • Medo constante 
  • Preocupação exagerada 

+LEIA TAMBÉM: 3 técnicas de respiração para aliviar os sintomas da ansiedade

Tratamentos para ansiedade

Foto: Shutterstock

Os tratamentos para a ansiedade vão desde a manutenção de hábitos saudáveis até a combinação de psicoterapia e o uso de remédios.

Psicoterapia

Por meio do diálogo entre o paciente e um psicólogo, a psicoterapia irá dar um suporte e promover estratégias de enfrentamento da ansiedade a partir de conceitos da psicologia. 

Remédio

Os medicamentos irão atuar diretamente na regulação de sistemas de neurotransmissão responsáveis pela modulação da ansiedade. Algumas alternativas são: os antidepressivos, que atuam repondo neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar; os ansiolíticos, que possuem um efeito tranquilizante e os beta-bloqueadores, que podem ser eficazes para quem tem sintomas somáticos, quando a angústia se soma aos sintomas físicos, como tensão muscular, fadiga e aumento da frequência cardíaca. 

Manutenção de uma vida equilibrada

Ter uma alimentação balanceada, fazer exercícios físicos regularmente, moderar a ingestão de álcool, ter uma vida social e familiar ativa, além de prezar por uma relação saudável com a vida profissional. 

Contudo, lembre-se: não faça o uso de medicamentos por conta própria. Cada caso de ansiedade deve ser avaliado individualmente. Portanto, consulte sempre um médico psiquiatra. 

Fontes: Ariel Lipman, psiquiatra, sócio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e diretor da SIG Residência Terapêutica; rgio Rocha, membro da Sociedade Brasileira de Psicopatologia Fenomenológica (SBPFE) e psiquiatra e diretor-técnico da clínica Revitalis. 

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