nav-logo
Compartilhe

    Vaginose bacteriana: o que é e como tratar

    A vaginose bacteriana é uma infecção causada pelo desequilíbrio do microbioma vaginal. Ela gera corrimento fétido e pode ser tratada com antibióticos.

    Por Tiemi OsatoPublicado em 21/06/2023, às 12:34 - Atualizado em 12/04/2024, às 12:25

    Vaginose

    Fonte: Luciana Migliore, ginecologista do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. 

    A saúde da vagina depende, em grande medida, da microbiota vaginal. Esse é o termo utilizado para falar dos vários microrganismos (tanto benéficos quanto patogênicos) que habitam a região genital. Quando eles estão em equilíbrio, contribuem para o nosso bem-estar. Se, por outro lado, houver algum desequilíbrio, podem ocorrer doenças como a vaginose bacteriana. 

    O que é vaginose bacteriana? 

    A vaginose bacteriana é uma infecção comum que atinge a vagina. Ela é caracterizada pelo aumento expressivo de bactérias anaeróbias, como a Gardnerella vaginalis e as do gênero Peptostreptococcus.  

    Normalmente, esses microrganismos já estão presentes na vagina, mas em uma quantidade menor, que não causa problemas. 

    A proliferação excessiva dos agentes patogênicos acontece quando há um desequilíbrio da microbiota vaginal, em que a quantidade de lactobacilos (bactérias responsáveis por manter o pH da vagina ácido e, assim, preservar sua saúde) diminui. 

    Clique aqui para agendar ginecologista online

    Quais os sintomas da vaginose bacteriana? 

    O sintoma mais frequente da vaginose bacteriana é a mudança da secreção vaginal. O corrimento fica fétido, muitas vezes com odor de peixe, além de vir em grande quantidade. 

    Geralmente, a secreção apresenta coloração esbranquiçada ou acinzentada, mas o corrimento também pode ser amarelado ou esverdeado. 

    Vale dizer, no entanto, que nem sempre essa infecção gera manifestações no corpo. 

    Causas da vaginose bacteriana 

    A vaginose bacteriana é causada pelo desequilíbrio da microbiota vaginal. Existem alguns fatores que podem favorecer essa situação, como: 

    • Queda da imunidade 
    • Práticas sexuais sem proteção 
    • Uso contínuo de absorventes diários 
    • Uso de produtos inadequados para a região genital 

    Diagnóstico da vaginose bacteriana 

    O diagnóstico da vaginose bacteriana é feito pelo exame físico ginecológico. O médico também costuma solicitar que uma amostra da secreção vaginal seja avaliada por exames laboratoriais e microscopia. 

    Como evitar a vaginose bacteriana? 

    Para preservar o equilíbrio da microbiota vaginal e evitar a vaginose bacteriana, é importante adotar alguns cuidados: 

    • Evitar o uso de duchas íntimas 
    • Evitar o uso de absorventes diários 
    • Evitar o uso de roupas íntimas apertadas 
    • Evitar o uso de perfumes genitais, hidratantes e lenços umedecidos 
    • Depois de ir ao banheiro, limpar-se de frente para trás para evitar que microrganismos do ânus cheguem à vagina 
    • Utilizar sabonete próprio com pH adequado para a região genital ou sabonete neutro líquido 
    • Utilizar preservativos durante relações sexuais 
    • Praticar atividades físicas com frequência 
    • Ter uma alimentação saudável, diversificada e balanceada 
    • Ter um sono de boa qualidade e em boa quantidade 
    • Fazer gerenciamento do estresse 

    Vaginose bacteriana na gravidez 

    A vaginose bacteriana também é comum na gravidez. Em gestantes, a doença pode aumentar o risco de complicações como abortamento, ruptura prematura das membranas (“bolsa rota”), prematuridade e infecções no puerpério. 

    A prevenção e o tratamento da vaginose bacteriana são similares para gestantes e não gestantes. 

    Diferenças entre vaginose e candidíase 

    Tanto a vaginose bacteriana quanto a candidíase são infecções que afetam a vagina. Mas enquanto a vaginose é causada por bactérias, a candidíase é causada por fungos. 

    Outra diferença relevante entre essas duas doenças está relacionada aos sintomas. Na vaginose bacteriana, o mais incômodo costuma ser o odor forte do corrimento (geralmente com coloração esbranquiçada ou acinzentada). Na candidíase, predominam a coceira e um corrimento grumoso branco. 

    Tratamentos para vaginose bacteriana 

    O tratamento da vaginose bacteriana é simples, sendo feito com antibióticos orais ou tópicos (em gel ou em creme). 

    É importante utilizar a medicação durante todo o período indicado pelo médico para garantir a eficácia da intervenção, mesmo que os sintomas desapareçam em menos tempo. 

    Se não for tratada corretamente, a vaginose bacteriana pode aumentar o risco de surgirem outras condições, como a doença inflamatória pélvica (DIP) e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 

    Também é fundamental adotar bons hábitos de cuidado íntimo, fazendo a higiene da vulva com água e sabonete neutro líquido (ou sabonete com pH próprio para área) e evitando que a região genital fique abafada e úmida. 

    Clique aqui para agendar ginecologista online

    Encontrou a informação que procurava?
    nav-banner

    Veja também