Desidratação: conheça sintomas, riscos e saiba como se prevenir
Condição pode causar sérios problemas de saúde, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas
Mais do que sentir sede ou beber pouca água, a desidratação é um problema sério que afeta a saúde quando o corpo perde mais líquidos do que recebe.
Continue a leitura para entender melhor esse quadro, suas causas e riscos e como prevenir esse problema tão comum em dias quentes e de calor excessivo.
Neste artigo, você vai ler:
O que é desidratação?
A desidratação é uma condição que ocorre quando o corpo perde mais água do que ingere. Isso pode acontecer quando não bebemos água suficiente para atender às necessidades do organismo; ou quando há uma perda excessiva de água, que pode ocorrer por meio da transpiração (suor), de vômitos ou diarreia, por exemplo.
Quais são os sintomas de desidratação?
Os sintomas de desidratação variam de acordo com o grau da condição. Os sintomas leves incluem:
- Sede excessiva;
- Boca seca e mucosas ressecadas;
- Urina concentrada (amarelo escuro);
- Fraqueza;
- Tontura.
Se não tratada, a desidratação pode levar a sintomas mais graves como confusão mental, coma e choque.
O pode causar desidratação?
Várias situações podem levar à desidratação, incluindo:
- Exposição ao calor: climas quentes e atividades físicas intensas aumentam a necessidade de líquidos pois estimulam a produção de suor para que o corpo se refresque e não superaqueça.
- Baixo consumo de água: especialmente em dias quentes, o consumo de água insuficiente pode levar a quadros de desidratação.
- Doenças crônicas: diabetes e insuficiência renal são quadros que aumentam o risco para a perda de líquidos.
- Infecções: febre, diarreia e vômitos podem potencializar a perda de líquidos pelo corpo.
- Má alimentação: consumir alimentos ricos em sódio e cafeína pode contribuir para a perda de água pelo corpo.
Quais são os riscos da desidratação para a saúde?
A desidratação pode provocar sintomas incômodos como câimbras e fraqueza muscular. Mas ela pode evoluir para problemas mais graves de saúde, como:
- Insolação (perda da capacidade do corpo em regular sua temperatura);
- Insuficiência renal (já que os rins ficam sobrecarregados ao tentar reter líquidos no corpo);
- Problemas cardíacos, como infarto, já que o coração precisa trabalhar mais para bombear sangue quando o organismo está desidratado.
Se o quadro não for tratado, a condição pode evoluir para o coma e para o choque, com potencial risco à vida.
Como prevenir a desidratação?
A principal forma de prevenir a desidratação é manter uma boa hidratação, ou seja, ingerir bastante água ao longo do dia, mesmo quando não sentir sede.
Para monitorar isso, basta analisar a cor da urina: se ela estiver clara, significa que o corpo está com bom nível de hidratação. Se estiver mais escura e concentrada, significa que os rins estão poupando líquidos — é necessário, portanto, beber mais água.
Além disso, vale também reduzir o consumo de cafeína e álcool, que podem aumentar a perda de líquidos do corpo.
Outro ponto importante é que, em dias quentes, deve-se evitar a prática de atividade física ao ar livre para não estimular o suor em excesso, o que também pode favorecer quadros de desidratação.
Por fim, deve-se ter atenção especial com idosos e crianças, que possuem naturalmente uma dificuldade maior em regular a própria temperatura corporal.
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Quantos litros de água devemos beber por dia?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta que, para saber a quantidade de água que deve beber por dia, a pessoa multiplique o seu peso atual por 35. Uma pessoa de 70 kg, por exemplo, deve consumir uma média de 2.450 ml de água (35 x 70 = 2.450).
Em geral, no entanto, adultos saudáveis e sem qualquer restrição devem beber de 2 a 3 litros de água por dia. Em dias de calor excessivo, esse valor pode aumentar.
Desidratação: quando procurar atendimento médico?
Alguns sinais de alerta indicam a necessidade de buscar ajuda médica imediatamente. São eles:
- Boca e mucosas excessivamente secas;
- Tontura intensa;
- Desmaio;
- Urina muito escura;
- Falta de ar;
- Dor no peito.
Vômitos e diarreia também são um quadro de saúde que rapidamente pode provocar desidratação em crianças e idosos. Por isso, a recomendação é buscar o pronto atendimento o quanto antes.
Dicas para cuidar da saúde no calor
Para se proteger dos riscos do calor excessivo, é importante tomar as seguintes medidas:
- Beba bastante água, mesmo que não sinta sede;
- Evite realizar atividades físicas ao ar livre durante os períodos mais quentes do dia (hora do almoço, por exemplo);
- Se o dia estiver muito quente, evite treinar ou se exercite apenas em ambientes climatizados com ar-condicionado;
- Use roupas leves e claras, que permitam a transpiração;
- Se possível, use poucas peças de roupa e de tecidos leves;
- Se for se expor ao sol, passe protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de, no mínimo, 30;
- Fique em locais frescos e ventilados;
- Se estiver com calor, tome um banho frio;
- Evite bebidas alcoólicas e cafeína, pois podem aumentar a desidratação;
- Mantenha uma alimentação saudável, com alimentos leves e frescos, como frutas (como a melancia), verduras e legumes, além de sucos e líquidos como água de coco.
Fonte: Dr. Eduardo Lima, head de cardiologia do Hospital Nove de Julho (SP).