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    Hidronefrose causa acúmulo de urina nos rins; entenda condição

    Problema é frequentemente assintomático no início, mas precisa de tratamento para evitar complicações

    Por Danielle SanchesPublicado em 20/02/2025, às 17:06 - Atualizado em 24/02/2025, às 12:26

    hidronefrose

    A hidronefrose é caracterizada pelo inchaço de um ou ambos os rins provocado pelo acúmulo de urina nos órgãos. Essa condição pode ocorrer em pessoas de todas as idades, mas é mais comum em bebês, crianças e idosos. Em cerca de 20% dos casos, o problema pode ser assintomático, especialmente nos estágios iniciais; no entanto, é necessário tratamento adequado para evitar complicações graves à saúde. Continue a leitura para saber mais.

    Hidronefrose: o que é?

    A hidronefrose ocorre quando há um bloqueio no fluxo normal da urina, fazendo com que ela se acumule dentro do rim (de um ou ambos) e não siga para a bexiga, como seria o esperado. Essa obstrução pode ocorrer em qualquer ponto do trato urinário, desde os rins até a uretra.

    Ocorre que, com o tempo, o acúmulo de urina pode danificar o tecido renal, levando a complicações sérias ao comprometer o funcionamento do órgão.

    O que causa a hidronefrose?

    A hidronefrose em si não é considerada uma doença renal, mas um indicativo de problemas no trato urinário. As principais causas para esse acúmulo de urina são:

    • Cálculos renais: a presença de pedras nos rins podem bloquear a saída das vias urinárias.
    • Tumores: crescimentos anormais de células que podem obstruir os ureteres (tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga).
    • Malformações congênitas: problemas no desenvolvimento dos rins ou das vias urinárias presentes desde o nascimento.
    • Próstata aumentada: comum em homens mais velhos, pode comprimir a uretra e dificultar a ida ao banheiro.
    • Gravidez: o útero em crescimento pode comprimir os ureteres, causando hidronefrose em algumas mulheres grávidas.
    • Coágulos sanguíneos: a formação de coágulos sanguíneos nas vias urinárias pode obstruir o fluxo urinário.
    • Infecções urinárias recorrentes: inflamações podem causar o inchaço dos tecidos e obstruir o fluxo urinário.

    É possível prevenir a hidronefrose?

    Nem sempre, já que as causas variam bastante e incluem, por exemplo, questões congênitas. No entanto, existem, sim, medidas podem reduzir o risco para o problema.

    Manter-se hidratado, por exemplo, evita a formação de cálculos renais. Adotar hábitos alimentares saudáveis, evitando alimentos ricos em sal e proteínas de origem animal em excesso, também auxilia na proteção da saúde dos rins.

    Além disso, na gestação, consultas médicas regulares durante o pré-natal ajudam a identificar precocemente condições que podem levar à hidronefrose, além de permitir o tratamento adequado precocemente.

    Sintomas da hidronefrose

    Os sintomas da hidronefrose podem variar de acordo com a causa do problema. Os mais comuns são:

    • Dificuldade ou dor ao urinar;
    • Urina turva ou com sangue;
    • Infecções urinárias recorrentes;
    • Dificuldade em esvaziar a bexiga;
    • Aumento da frequência urinária, especialmente à noite.

    Em casos graves, pode haver febre, náuseas e vômitos, indicando uma possível complicação, como infecção renal. É importante estar atento a esses sintomas e buscar orientação médica imediatamente caso eles estejam presentes.

    Quando procurar por um médico?

    A simples presença de dor persistente na região lombar ou ainda sinais de infecção urinária (como ardor ao urinar) são sintomas que merecem uma avaliação de nefrologista, que é médico especialista em cuidar dos rins.

    Isso é especialmente importante durante a gravidez, já que infecções urinárias são um importante fator de risco para parto prematuro.

    Exames utilizados no diagnóstico da hidronefrose

    O diagnóstico da hidronefrose geralmente inclui avaliação clínica, exames de imagem e de laboratório. Os principais são:

    • Ultrassonografia renal: exame inicial para avaliar a dilatação do sistema coletor de urina.
    • Tomografia computadorizada (TC): fornece imagens detalhadas que podem auxiliar na identificação da causa da obstrução.
    • Ressonância magnética (RM): pode ser recomendada em casos de alta complexidade ou suspeita de câncer.
    • Urografia excretora: exame que avalia o fluxo urinário e a função renal.
    • Exames de urina e sangue: verificam sinais de infecção ou insuficiência renal, além de outros biomarcadores importantes para a saúde geral do paciente.

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    Formas de tratamento

    O tratamento para a hidronefrose depende da causa e do estágio do problema. Em casos mais leves, o médico responsável pode optar por apenas acompanhar a situação e monitorar de forma regular sua evolução.

    Em outros casos, no entanto, é necessário intervir. As opções de tratamento incluem:

    • Drenagem de urina: inserção de cateteres para retirar a urina acumulada e aliviar a pressão no rim.
    • Cirurgia: remoção de cálculos, correção de malformações ou retirada de tumores que impedem o escoamento da urina.
    • Antibióticos: utilizados em casos de infecções associadas à hidronefrose.

    Em alguns casos, tratamentos minimamente invasivos, como a litotripsia (a quebra de cálculos por ondas de choque), podem ser indicados. O acompanhamento pós-tratamento é essencial para garantir a recuperação e evitar complicações futuras.

     

     

    Fonte: Dr. Gustavo Sebba – nefrologista

     

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