Infarto: quais sintomas devem te levar ao médico?
Nem sempre a dor no peito é o sinal de emergências cardíacas; conheça outros sinais
Dor intensa e aguda no peito é, certamente, um sinal típico de evento cardiológico que deve ser levado o mais rápido possível ao pronto-socorro. Mas, para desespero geral da nação, ela nem sempre está presente quando a pessoa está sofrendo um infarto.
Neste artigo, você vai ler:
“O infarto é um evento de extrema gravidade e 90% das pessoas vai sentir dor no peito”, afirma Marianna Andrade, cardiologista, coordenadora da UTI cardíaca e do Instituto de Ensino e Pesquisa,ambos do Hospital Bahia.
No entanto, por “dor” podemos apreender diversas sensações: aperto, incômodo, pressão ou queimação, por exemplo, devem entrar nessa categoria. “E ela deve persistir mesmo no repouso”, afirma a especialista.
Quem não vai sentir dor?
Bom, se 90% dos pacientes apresentam dor, outros 10% não se encaixam nessa categoria. Mas quem são essas pessoas?
De acordo com Andrade, as exceções são as mulheres, os idosos e pessoas portadoras de diabetes. “Normalmente, a dor existe, mas fala-se menos dela”, afirma a especialista.
Idosos e pessoas com diabetes entram nessa categoria pois têm a sensibilidade à dor alterada por causa do envelhecimento ou pela própria diabetes. Nesses dois grupos, o sintoma de evento cardíaco mais percebido é a falta de ar.
Já as mulheres têm as artérias mais finas do que os homens, o que faz com que os sinais do infarto sejam percebidos de forma mais discreta. Além disso, a dor costuma ser confundida com desconforto ou fadiga.
De acordo com Fabrício Borges Assami, cardiologista e coordenador médico de Terapia Intensiva / Unidade Coronaria do Hospital Santa Paula, outros sintomas menos clássicos, mas que aparecem com frequência nas mulheres que estão infartando, são:
- Falta de ar;
- Palpitação;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Sudorese fria.
Quando procurar ajuda?
De acordo com os especialistas, qualquer sinal de dor na região do peito – seja ela uma dor clássica ou sensações descritas como pressão, aperto, queimação ou cansaço – que persistem mesmo quando a pessoa está em repouso devem ser avaliadas rapidamente em um serviço de pronto-atendimento.
Outros sintomas como falta de ar e perda de consciência também são importantes e devem levar a pessoa ao médico mais próximo o quanto antes.
No caso de indivíduos com risco aumentado para doenças cardíacas ou que já tenham um histórico de problemas no coração, esse limiar é ainda menor. “Ao menor sinal de qualquer incômodo no peito ou na respiração, é importante buscar ajuda para garantir que está tudo bem”, diz Andrade.