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Leucemia mieloide aguda: conheça as causas e sintomas 

Tipo de câncer afeta a medula e as células sanguíneas e é mais frequente em idosos e crianças

Fonte: Dr. Vinicius SoaresMédico hematologistaPublicado em 11/12/2023, às 19:00 - Atualizado em 11/04/2024, às 18:20

Leucemia mieloide aguda

A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer que afeta a medula óssea, cujas células sofrem mutações genéticas que resultam em um crescimento descontrolado e anormal.

Continue a leitura para saber mais sobre as causas da leucemia mieloide aguda, como é o diagnóstico e formas de tratamento. 

O que é leucemia mieloide aguda?  

A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer que afeta as células da medula óssea. As células mais jovens, que se tornariam glóbulos brancos (células chamadas leucócitos), sofrem mutações genéticas que provocam um crescimento anormal e descontrolado.

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Vale destacar que a medula óssea produz as células sanguíneas e ocupa o centro dos ossos. Nesta estrutura, encontram-se as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos) glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas. 

Quando surge a leucemia, as células não funcionam adequadamente, multiplicam-se mais rápido e morrem menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis são substituídas por células anormais cancerosas. E estas interferem na produção normal de células sanguíneas saudáveis. Por esse motivo, outras linhagens de células do sangue, como as hemácias e as plaquetas, também podem estar reduzidas

De forma geral, o número de células saudáveis (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas) pode cair. Neste momento, o indivíduo começa a apresentar sintomas de  anemia, infecções e sangramentos. 

A leucemia mieloide aguda pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais frequente em crianças e pessoas mais velhas. 

O que causa leucemia mieloide aguda?   

A leucemia mieloide aguda é causada por alterações genéticas de algumas células da medula óssea. Essas alterações genéticas podem ocorrer ao longo da vida de uma pessoa, mas, muitas vezes, a causa específica não é determinada. 

Fatores que são considerados provocadores de LMA são a exposição a agentes químicos, como benzeno, ou tratamentos anteriores com quimioterapia ou radioterapia para outros tipos de câncer.  

Há pessoas que nascem com uma mutação que predispõem o desenvolvimento de leucemia mieloide aguda.

Quais são os sintomas de leucemia mieloide aguda?   

Entre os sintomas de leucemia mieloide aguda, estão:   

  • Fadiga e falta de energia;  
  • Palidez; 
  • Infecções frequentes; 
  • Sangramento fácil;  
  • Dores ósseas;  
  • Perda de peso inexplicada;  
  • Dificuldade respiratória; 
  • Febre 
  • Sudorese noturna.  

Como é feito o diagnóstico?  

Se uma pessoa apresenta sinais e sintomas de leucemia, o hematologista avaliará o histórico clínico e familiar.

Em seguida, serão solicitados exames de sangue para avaliar a contagem de células sanguíneas e procurar qualquer anormalidade. O hemograma completo mede a quantidade de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas no sangue.  

No entanto, a avaliação da medula óssea (mielograma) é essencial para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo específico de leucemia. São realizados outros exames, como imunofenotipagem, cariótipo, FISH (hibridização in situ por imunofluorescência) e NGS (sequenciamento de nova geração), para complementação do diagnóstico.  

O exame na medula é feito por meio de uma punção no osso da bacia ou no esterno, onde é aspirado o sangue da medula óssea para as análises.

Leucemia mieloide aguda tem cura?  

Sim. A leucemia mieloide aguda pode ter cura, dependendo do estágio da doença, idade e condições de saúde do paciente. Para isso, é fundamental ter um diagnóstico precoce e começar o tratamento correto o quanto antes.    

Como é feito o tratamento?  

O tratamento da leucemia mieloide aguda envolve diversas abordagens que visam eliminar as células anormais da medula óssea e restaurar a produção de células sanguíneas. 

Portanto, pode ser indicado realizar quimioterapia, terapia-alvo, medicamentos orais e, em alguns casos, o transplante de medula óssea.

Geralmente, durante o transplante de medula óssea, as células saudáveis da medula óssea de um doador compatível (um irmão ou doador não aparentado) são transplantadas para substituir as células anormais.  

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