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    Outubro Rosa e câncer de mama: entenda os sintomas e fatores de risco

    O Outubro Rosa é a campanha mundial de conscientização sobre o câncer de mama. O foco é alertar sobre a importância do diagnóstico precoce para a cura.

    Fonte: Dra. Lorena AmaralRadiologista mamáriaPublicado em 30/09/2025, às 10:45 - Atualizado em 29/10/2025, às 09:39

    outubro rosa

    Todo ano, no mês de outubro, temos o Outubro Rosa. A iniciativa traz informações sobre o câncer de mama e mostra a importância do diagnóstico precoce. Hoje, a campanha acontece no mundo todo, unindo pacientes, médicos e a sociedade em uma grande corrente de conscientização.
     
    No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres. Para cada ano do triênio 2023-2025, foram estimados 73.610 casos novos, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer).

    Siga a leitura para saber mais sobre a campanha, entender quais fatores podem aumentar o risco a doença, além dos principais sintomas e exames para diagnóstico. 

    Outubro Rosa: o que é? 

    O Outubro Rosa é a campanha mundial de conscientização sobre o câncer de mama. Ele acontece todo ano durante o mês de outubro e visa compartilhar informações sobre a doença. A ideia é promover o diagnóstico precoce e facilitar o acesso aos serviços de saúde. 

    Durante esse período, várias ações são realizadas. Governos, empresas e a sociedade civil se unem para incentivar mulheres a fazerem exames regulares e a conhecerem o próprio corpo. 

    Como surgiu o outubro rosa? 

    O Outubro Rosa começou nos Estados Unidos, na década de 1990. A primeira grande ação foi a “Corrida pela Cura”, realizada em Nova York. O evento foi organizado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure para arrecadar fundos e conscientizar a população. 

    Com o tempo, a iniciativa cresceu e se espalhou por outros países. O costume de iluminar monumentos com a cor rosa também surgiu nos EUA. No Brasil, a primeira ação registrada aconteceu em 2002, com a iluminação do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo. 

    O que representa o laço do outubro rosa? 

    O laço cor-de-rosa é o símbolo da campanha e representa a luta contra o câncer de mama. A ideia foi da Fundação Susan G. Komen, que distribuiu os laços aos participantes da primeira “Corrida pela Cura”. 

    Usar o laço é uma forma de demonstrar apoio à causa. Ele simboliza a solidariedade com as pacientes e a importância da conscientização. E ajuda a dar visibilidade ao movimento e a lembrar a todos sobre a prevenção. 

    Fatores de risco para o câncer de mama 

    O principal fator de risco para o câncer de mama é simplesmente ser mulher e ter mais de 50 anos. Mas o histórico de câncer de mama ou de ovário na família também eleva o risco. Assim como mutações genéticas hereditárias, como nos genes BRCA1 e BRCA2. 

    Além desses, outros fatores seriam: 

    • Obesidade: especialmente após a menopausa, o excesso de peso aumenta a produção de hormônios que podem estimular o crescimento de tumores. 
    • Menstruação precoce: ter a primeira menstruação antes dos 12 anos. 
    • Menopausa tardia: entrar na menopausa após os 55 anos. 
    • Gravidez tardia ou nuliparidade: ter o primeiro filho após os 30 anos ou não ter filhos. 
    • Consumo de bebidas alcoólicas. 
    • Uso prolongado de terapias de reposição hormonal sem orientação médica após a menopausa.

    Vale destacar que ter um fator de risco (ou mais) não significa que você terá o câncer. 

    Sintomas do câncer de mama 

    O sintoma mais conhecido do câncer de mama é o surgimento de um caroço no seio. Geralmente, esse nódulo na mama é duro, irregular e não causa dor. Outros sinais importantes são alterações na pele, que pode ficar avermelhada ou com aparência de casca de laranja. 

    É essencial lembrar que, em muitos casos, a doença não apresenta sintomas na fase inicial. Por isso os exames de rotina são tão importantes. Além dos sinais já citados, fique atenta a outras mudanças como: 

    • Inchaço em toda a mama ou em parte dela. 
    • Inversão do mamilo (quando ele aponta para dentro). 
    • Saída de secreção anormal pelo mamilo, que pode ser transparente ou com sangue. 
    • Dor constante na mama ou no mamilo. 
    • Presença de um caroço na região das axilas.

    Como fazer o autoexame? 

    O autoexame é um gesto de autoconhecimento e não substitui os exames médicos. Ele pode ser feito uma vez por mês, de preferência uma semana após a menstruação. E a ideia é que você se familiarize com suas mamas e identifique qualquer mudança. 

    Você pode fazer o autoexame em três momentos diferentes:  

    • Em frente ao espelho: observe os seios com os braços abaixados e, depois, levantados. Verifique se há mudanças no formato, tamanho ou contorno das mamas. 
    • No banho: com a pele molhada e ensaboada, fica mais fácil deslizar os dedos. Levante um braço e, com a mão oposta, apalpe a mama com movimentos circulares. 
    • Deitada: coloque uma toalha sob o ombro do lado a ser examinado. Use a mão oposta para apalpar a mama e a axila, procurando por qualquer alteração.

    Mas, de novo, o autoexame não substitui a mamografia. A mamografia de rastreamento permite detectar o câncer de mama de maneira precoce antes mesmo que ele seja palpável. Mantenha seus exames de rotina em dia.

    Quando procurar por um médico? 

    Procure um médico ao notar qualquer alteração persistente nas mamas. Encontrou um caroço, uma mudança na pele ou no mamilo? Agende uma consulta. E lembre-se: cerca de 80% dos nódulos são benignos. 

    O profissional mais indicado para cuidar da saúde das mamas é o mastologista, que é o especialista em glândulas mamárias. Mas o ginecologista também pode fazer a primeira avaliação e, se necessário, encaminhar você para o mastologista. 

    Quem deve fazer mamografia? 

    A mamografia é o principal exame para o rastreamento do câncer de mama. Ela é capaz de detectar tumores muito pequenos, antes mesmo de serem sentidos no toque.  

    Todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade devem fazer a mamografia anualmente. Em de junho de 2025, o Ministério da Saúde formalizou a recomendação para a realização do exame a partir dessa idade. 

    Esta decisão foi fortemente apoiada por entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), que já faziam essa recomendação. 

    Já as mulheres com alto risco, como aquelas com histórico familiar, podem precisar começar antes, conforme orientação médica.  

    Em alguns casos, o médico pode pedir um ultrassom da mama como exame complementar, principalmente em mulheres jovens ou com mamas densas. 

    Mamografia: preço e onde agendar 

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