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    Paralisia de Bell: conheça causas e sintomas

    Condição raramente afeta a mesma pessoa mais de uma vez

    Por Raquel RibeiroPublicado em 20/03/2024, às 11:20 - Atualizado em 11/04/2024, às 17:13

    Paralisia de bell

    A paralisia facial ou o enfraquecimento dos músculos da face pode ser um sintoma assustador, e muitas vezes associado ao AVC (acidente vascular cerebral). No entanto, existe outra condição que apresenta alguns sintomas semelhantes aos do AVC: a paralisia de Bell. Saiba mais sobre esse tipo de paralisia, como é feito o diagnóstico e o tratamento, além das suas diferenças em relação ao AVC.

    O que é paralisia de Bell? 

    A paralisia de Bell, também conhecida como paralisia facial periférica, é um quadro em que ocorre uma fraqueza repentina em um lado inteiro do rosto, o que afeta a capacidade de expressão facial. Dessa forma, fica difícil realizar movimentos simples como sorrir de forma simétrica, fechar os olhos ou levantar a testa.

    A paralisia também pode causar uma sensação de dormência dos músculos do rosto, dor no ouvido e sensibilidade a sons. 

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    O que causa paralisia de Bell? 

    As causas da paralisia de Bell ainda são completamente conhecidas, mas é possível que ela esteja relacionada à mesma infecção causada pelo vírus do herpes simples, que causa também o herpes genital.

    Apesar de ser uma infecção que ocorre frequentemente na infância, o vírus herpes simples costuma ficar inativo nessa fase da vida e, algumas vezes, pode se manifestar posteriormente em qualquer fase da vida.  

    Fatores emocionais 

    Além da infecção causada pelo vírus do herpes simples, acredita-se que alguns fatores podem contribuir com o desenvolvimento da paralisia, como: 

    Outro fator que pode colaborar com o desencadeamento da condição envolve as mudanças bruscas de temperatura. 

    Quais são os sintomas de paralisia de Bell? 

    O sintoma mais associado à paralisia de Bell é a fraqueza em um lado do rosto, o que acaba resultando em outros sintomas como: 

    • Testa rígida, causando o desaparecimento das rugas nessa região. 
    • Impossibilidade de levantar a sobrancelha. 
    • Sorriso assimétrico (torto). 
    • Dificuldade para fechar o olho.

    Como diferenciar paralisia de Bell de um AVC? 

    É possível diferenciar a paralisia de Bell de um AVC (acidente vascular cerebral) analisando principalmente os sintomas associados.

    No AVC, existem sempre outros sintomas associados para além dos relacionados à face, como fraqueza de um lado do corpo, alteração de fala, sensibilidade ou coordenação. Já na paralisia de Bell ocorre somente o acometimento facial.

    Além disso, a paralisia facial decorrente de um AVC não acomete a testa, ou seja, a pessoa consegue mover a testa dos dois lados normalmente. Já na paralisia de Bell, a paralisia facial costuma acometer um lado inteiro da face. 

    Como é feito o diagnóstico? 

    O diagnóstico da paralisia de Bell é estabelecido principalmente por meio de uma avaliação clínica, realizada por um profissional de saúde. Durante esse exame físico, o médico observa os sintomas e sinais característicos da condição, além de considerar o histórico médico do paciente. Importante essa diferenciação porque o AVC pode ser uma condição ameaçadora à vida. 

    Trata-se de uma paralisia que raramente acomete a mesma pessoa mais de uma vez, mas se isso acontecer é recomendável buscar a avaliação de um neurologista para investigar possíveis causas subjacentes. 

    Qual é o tratamento para paralisia de Bell? 

    O tratamento da paralisia de Bell consiste basicamente na administração de medicamentos e na realização de fisioterapia para restabelecer os movimentos dos músculos da face. 

    Medicamentos 

    Os medicamentos mais indicados para o tratamento da paralisia de Bell, geralmente, são os corticoides com a intenção de reduzir a inflamação e acelerar a recuperação. 

    Fisioterapia 

    A fisioterapia motora deve ser realizada por um fonoaudiólogo e um fisioterapeuta não só para recuperar os movimentos faciais, mas também para reduzir qualquer risco de complicações. 

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    Fonte: Dra. Camilla Ribeiro, neurologista do Hospital São Domingos

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