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Polimiosite: doença provoca inflamação e fraqueza muscular progressiva

Condição rara atrapalha atividades do cotidiano e causa dor nos músculos e fadiga

Fonte: Dr. Roberto GiuglianiGeneticistaPublicado em 18/02/2025, às 10:48 - Atualizado em 18/02/2025, às 17:19

polimiosite

A polimiosite é uma condição autoimune rara que causa inflamação nos músculos esqueléticos. Por isso, surge fraqueza muscular próximos ao tronco, como os dos ombros, quadris e coxas. Além disso, em alguns casos, há dor, fadiga e dificuldades respiratórias ou ao engolir. Continue a leitura para saber detalhes das causas, formas de diagnóstico e como é o tratamento.  

Polimiosite: o que é?  

A polimiosite é uma condição rara caracterizada pela inflamação dos músculos esqueléticos, causando uma fraqueza muscular progressiva. Geralmente, a inflamação afeta músculos próximos ao tronco, como os dos ombros, quadris e coxas. Pode tornar tarefas cotidianas mais difíceis de realizar. 

O que causa a polimiosite?  

A causa da polimiosite ainda não é totalmente conhecida, mas se acredita que seja uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca equivocadamente os músculos saudáveis, causando inflamação e danos aos tecidos musculares.  

Outros fatores de risco:  

  • Fatores genéticos; 
  • Infecções virais e bacterianas; 
  • Exposições a substâncias tóxicas, como medicamentos ou agentes químicos.  

Quais são os sintomas da polimiosite? 

Os sintomas da polimiosite estão geralmente associados à fraqueza muscular, principalmente nos músculos próximos ao tronco, como ombros, coxas e quadris.  

Entre os principais sintomas estão:  

  • Fraqueza muscular, que dificulta atividades cotidianas, como levantar os braços, subir escadas, ou se levantar de uma cadeira. 
  • Dor nos músculos.  
  • Fadiga.  
  • Dificuldade para engolir.  
  • Problemas respiratórios, como falta de ar, tosse e dificuldade para respirar, em casos mais graves.

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 Polimiosite e dermatomiosite: quais são as diferenças  

A polimiosite e a dermatomiosite são doenças inflamatórias autoimunes que afetam os músculos esqueléticos, causando fraqueza muscular progressiva, mas com diferenças importantes, principalmente em relação à presença de sintomas cutâneos.  

Ambas as condições envolvem o ataque do sistema imunológico aos músculos, mas a dermatomiosite é caracterizada por uma erupção cutânea distintiva, geralmente em áreas expostas ao sol, como o rosto, ombros e peito, o que não ocorre na polimiosite. Na polimiosite, os sintomas são mais focados na fraqueza muscular, sem manifestações na pele. 

Além disso, a dermatomiosite pode afetar tanto adultos quanto crianças, sendo mais comum e grave em crianças. Já a polimiosite geralmente afeta adultos, principalmente mulheres na faixa etária de 30 a 60 anos.  

As doenças podem levar a complicações respiratórias e cardíacas, mas a dermatomiosite pode estar associada a problemas vasculares e calcificação nos músculos.  

O tratamento para ambas as condições envolve o uso de medicamentos imunossupressores, como corticosteroides, para controlar a inflamação e melhorar a função muscular.  

Exames utilizados no diagnóstico da polimiosite  

O diagnóstico da polimiosite envolve diversos exames para confirmar a doença e excluir outras condições com sintomas semelhantes.  

Além de uma análise clínica detalhada, que inclui uma avaliação dos sintomas e do histórico médico, alguns exames podem ser indicados:  

  • Exame de sangue: alguns testes laboratoriais podem identificar sinais de inflamação e danos nos músculos. Entre eles, o exame CPK, que indica a presença de inflamação muscular, e o exame anti-Jo-1, que permite a detecção de anticorpos no sangue. 
  • Eletromiografia para analisar a atividade elétrica dos músculos.  
  • Biópsia muscular para verificar sinais de inflamação ou danos típicos da polimiosite. 
  • Ressonância magnética para identificar áreas de inflamação e atrofia nos músculos, permitindo uma avaliação mais detalhada da extensão do dano muscular.  
  • Exames de função pulmonar 

Formas de tratamento para a polimiosite  

O tratamento da polimiosite visa controlar a inflamação muscular, melhorar a força e aliviar os sintomas. O uso de corticosteroides é a primeira linha de tratamento, podendo ser complementado com imunossupressores para reduzir a dependência de corticosteroides.  

A fisioterapia é fundamental para melhorar a mobilidade e a força muscular. Em casos mais graves, terapias biológicas e medicamentos específicos para complicações pulmonares ou cardíacas podem ser necessários. 

O suporte nutricional também é importante para evitar a perda muscular e garantir a energia necessária.  

O tratamento é individualizado e exige acompanhamento contínuo por uma equipe médica para ajustar as abordagens e melhorar a qualidade de vida do paciente. 

Qual médico devo procurar?  

Geralmente, o reumatologista é o médico responsável pelo tratamento da polimiosite, já que é especializado em doenças autoimunes e inflamatórias, principalmente as que afetam o sistema musculoesquelético. 

Dependendo das complicações, outros especialistas, como pneumologistas, cardiologistas, imunologistas e neurologistas, podem ser envolvidos no tratamento para atender necessidades específicas.

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