Prevenção do câncer de mama: conheça os fatores de risco
A prevenção da doença passa por hábitos saudáveis. Já um diagnóstico precoce proporciona maior chance de cura.
O câncer de mama acontece quando há um crescimento descontrolado das células da região. Este descontrole pode ser de origem genética ou devido a fatores ambientais. Muitas vezes, algumas mudanças na rotina já contribuem com a prevenção do câncer de mama.
Porém, os fatores hereditários e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher não são modificáveis.
Neste artigo, você vai ler:
De qualquer forma, é fundamental que a mulher mantenha seus exames de rotina em dia, como a mamografia, para diagnosticar precocemente a doença e iniciar o tratamento o quanto antes, aumentar as taxas de cura e realizar procedimentos cirúrgicos menos invasivos.
A seguir, veja detalhes sobre os fatores de risco para o câncer de mama, formas de prevenção e exames que detectam a doença.
Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?
Os fatores de risco são condições que predispõem uma pessoa a aumentar as chances de ter determinada doença. Muitas vezes, é possível modificá-los ao adotar hábitos saudáveis, mas alguns fatores de risco são não modificáveis, como hereditariedade, gênero e idade.
A seguir, veja detalhes sobre os fatores de risco para o câncer de mama.
Ser mulher
As mulheres são muito mais propensas a ter câncer de mama do que os homens.
Idade avançada
Mulheres acima de 50 anos têm o risco aumentado de desenvolver câncer de mama.
Histórico familiar
Se a mãe, irmã ou filha foi diagnosticada com câncer de mama, principalmente em uma idade jovem, amplia-se o risco de desenvolver a doença.
Questão genética
Algumas mutações genéticas que aumentam o risco de câncer de mama podem ser passadas de pais para filhos. As mais conhecidas são BRCA1 e BRCA2.
Obesidade
Pessoas obesas ficam com o organismo mais inflamado, pois há maior secreção de hormônios, como o estrogênio. Isso aumenta o risco de proliferação celular, predispondo o corpo ao câncer.
Menarca precoce e menopausa tardia
Mulheres que menstruam antes dos 12 anos estão mais suscetíveis à doença. O risco também aumenta quando elas entram em menopausa em uma idade mais avançada.
Gravidez tardia
As mulheres que engravidam de seu primeiro filho após os 30 anos podem ter um risco aumentado de câncer de mama. E aquelas que nunca engravidaram também.
Como prevenir o câncer de mama?
Em alguns casos, o câncer de mama pode ser prevenido com mudanças na rotina. Veja abaixo algumas formas de prevenção da doença.
- Controlar o peso;
- Realizar atividade física regular;
- Não beber ou fumar;
- Fazer acompanhamento ao realizar a reposição hormonal;
- Manter uma alimentação equilibrada;
- Amamentar, se for possível.
Quais são os exames que detectam o câncer de mama?
O principal exame que detecta o câncer de mama é a mamografia. Trata-se de um tipo de radiografia das mamas, que identifica alterações suspeitas de câncer.
Além disso, para chegar a um diagnóstico, o especialista pode solicitar a ultrassonografia das mamas e/ou ressonância magnética.
No entanto, a confirmação do câncer de mama só é realizada após uma biópsia, ou seja, quando se retira um fragmento do nódulo ou lesão por meio de uma extração por agulha. Em seguida, esse material é analisado para concluir se é realmente um câncer.
Qual é a importância da detecção precoce?
Se o câncer de mama for detectado em fases iniciais, aumentam-se as chances de tratamentos menos agressivos e com maiores taxas de cura.
A recomendação da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) é que mulheres a partir dos 40 anos realizem a mamografia de rastreamento anualmente. Sendo assim, elas fazem o exame antes mesmo de surgirem os sintomas.
É fundamental observar qualquer alteração nas mamas. E, em seguida, procurar um ginecologista ou mastologista. Essa atitude pode ser fundamental para a detecção precoce do câncer da mama.
Câncer de mama tem cura?
Se o câncer de mama for detectado em fases iniciais, aumentam-se as chances de cura.
Hoje em dia, há diversas medidas terapêuticas que visam a qualidade de vida e a preservação da mama, quando possível.
Após o diagnóstico, a mulher pode passar por cirurgias para a retirada apenas do tumor ou a mastectomia (retirada parcial ou total da mama). Além de realizar quimioterapia, radioterapia, terapia alvo e imunoterapia.
De forma geral, após o tratamento e a cura do câncer, a mulher precisa realizar um acompanhamento regular com o oncologista ou mastologista. Neste período, alguns exames são realizados para evitar recidivas, ou seja, a volta do câncer.
Fonte: Dr. Marcos Nolasco, mastologista da clínica AMO, da rede Dasa.