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    Sintomas de diabetes podem ser silenciosos; veja os principais alertas

    A doença pode se manifestar de várias formas. Saiba quando é a hora de procurar um médico e quais exames confirmam o diagnóstico

    Fonte: Dra. Clarisse PontesEndocrinologistaPublicado em 12/08/2025, às 13:44 - Atualizado em 12/08/2025, às 13:44

    sintomas de diabetes

    A doença pode se manifestar de várias formas. Saiba quando é a hora de procurar um médico e quais exames confirmam o diagnóstico

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    Você sente mais sede que o normal ou uma fome que nunca passa? Esses podem ser os primeiros sintomas de diabetes. O corpo depende do hormônio insulina para usar o açúcar dos alimentos como energia. Quando esse processo não funciona bem, o açúcar se acumula no sangue e os sinais começam a aparecer.  

    Essa é uma condição crônica e muito comum no Brasil. E cerca de 90% dos casos são do tipo 2, diretamente ligado ao estilo de vida. Continue a leitura para conhecer os sintomas de cada tipo de diabetes e como manter o açúcar do sangue sob controle.

    Sintomas de diabetes: quais são? 

    Os sintomas de diabetes mais comuns são sede constante, fome exagerada e vontade de urinar várias vezes ao dia. Esses são sinais clássicos e acontecem quando ocorre hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose ou açúcar no sangue) e deficiência de insulina. Mas outros alertas também podem indicar que os níveis de glicose estão altos: 

    • Fadiga, ou seja, sensação de cansaço extremo e falta de energia que não melhora com o descanso; 
    • Visão embaçada ou turva; 
    • Perda de peso sem explicação aparente; 
    • Infecções que aparecem com frequência, como na pele, bexiga ou rins; 
    • Formigamento ou dormência, principalmente nas mãos e nos pés; 
    • Feridas e machucados que demoram muito mais tempo para cicatrizar; 
    • Mudanças de humor e irritabilidade; 
    • Náuseas ou vômitos. 

    Sintomas de pré-diabetes (resistência à insulina) 

    A pré-diabetes geralmente não apresenta sintomas claros. A pessoa pode passar anos com níveis de açúcar um pouco elevados sem perceber nada de diferente no corpo. Sendo assim, o diagnóstico quase sempre acontece em exames de rotina. 

    Mas, em um quadro de pré-diabetes, já acontece a resistência à insulina, ou seja, as células não respondem bem à ação desse hormônio. Assim, o pâncreas precisa trabalhar mais para produzir insulina extra e manter a glicose controlada. E, com o tempo, esse esforço pode não ser mais suficiente, levando ao diabetes tipo 2. 

    Sintomas de diabetes tipo 1 

    Os sintomas de diabetes tipo 1 costumam aparecer de uma hora para outra e ser intensos. Como o corpo para de produzir insulina, os sinais de açúcar alto no sangue se manifestam rapidamente. 

    Os mais comuns são a sede excessiva (conhecida pelo termo médico polidipsia), a fome frequente (polifagia) e a vontade de urinar diversas vezes (polidipsia). Além disso, pode haver perda de peso sem motivo e sinais como fraqueza, cansaço, mudanças de humor, náusea e vômito. 

    Sintomas de diabetes tipo 2 

    Diferentemente do tipo 1, os sintomas do diabetes tipo 2 podem ser sutis e levar anos para serem percebidos. Muitas pessoas convivem com a doença sem saber. E é justamente por isso que os exames de rotina são tão importantes, especialmente para quem tem histórico familiar ou excesso de peso. 

    Quando os sintomas aparecem, alguns deles podem ser os mesmos do tipo 1, como fome e sede frequentes e vontade de urinar várias vezes ao dia.  Mas há sinais específicos do tipo 2, como formigamento nas mãos e nos pés, infecções frequentes, feridas que demoram a cicatrizar e visão embaçada.  

    Manchas escuras em dobras do corpo, como pescoço e axilas, também podem ser um alerta. 

    Sintomas de diabetes gestacional 

    Na maioria das vezes, o diabetes gestacional não provoca sintomas. A alteração nos níveis de açúcar acontece durante a gravidez por causa dos hormônios produzidos pela placenta.  

    Por isso, o acompanhamento pré-natal é fundamental. Nele, a gestante faz exames para monitorar a glicose no sangue e, eventualmente, pode identificar a condição precocemente. Com o tratamento adequado, é possível evitar complicações e garantir uma gestação tranquila. 

    Quando procurar por um médico? 

    É preciso procurar um médico ao notar sintomas como sede, fome ou vontade de urinar em excesso. O mesmo vale para cansaço persistente, visão turva ou feridas que não cicatrizam. Para crianças com sintomas súbitos, a busca por ajuda deve ser imediata. 

    Além disso, se você tem excesso de peso, sedentarismo ou histórico da doença na família, não deve descuidar das consultas de rotina. 

    Exames para identificar as causas para os sintomas de diabetes 

    Os exames mais comuns para diagnosticar diabetes são a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada. Geralmente, o médico solicita primeiro a glicemia de jejum, que mede o nível de açúcar no sangue após um período de 8 a 12 horas sem comer. 

    Se o resultado da glicemia de jejum vier alterado, outros testes podem ser pedidos, como a hemoglobina glicada (HbA1c). Este exame indica a média dos níveis de açúcar nos últimos três meses.

    O médico também pode pedir a curva glicêmica (ou teste oral de tolerância à glicose), principalmente para gestantes. Este exame mede a glicemia em jejum e também uma ou duas horas após a pessoa beber um líquido bem doce. O teste avalia como o corpo processa uma grande quantidade de glicose. 

    O que é o check up Perfil Diabetes? 

    O check up Perfil Diabetes é um conjunto de exames feitos para diagnosticar ou monitorar o diabetes. Ele é especialmente indicado para quem tem histórico familiar da doença ou para pacientes que já receberam o diagnóstico e precisam de acompanhamento. 

    Os principais exames deste perfil são a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada (HbA1c). A glicemia mede o nível de açúcar no sangue no momento do teste. Já a hemoglobina glicada mostra uma média da glicose dos últimos três meses. 

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    Formas de controlar as causas e os sintomas de diabetes 

    A principal forma de controlar o diabetes é adotar um estilo de vida mais saudável. E isso quer dizer investir em uma dieta mais natural e nutritiva e praticar atividade física regularmente.

    Além dessas medidas, o acompanhamento médico é indispensável. E o tratamento pode contar com abordagens como:

    • Medicamentos orais: usados principalmente no diabetes tipo 2, eles ajudam o corpo a usar melhor a insulina ou a produzir mais desse hormônio. 
    • Aplicações de insulina: essencial para todas as pessoas com diabetes tipo 1 e indicada para alguns casos de diabetes tipo 2, quando os medicamentos orais já não são suficientes. 
    • Monitoramento da glicemia: medir o nível de açúcar no sangue em casa, com o teste de ponta de dedo, ajuda a entender como o corpo reage e a ajustar o tratamento. 

    Vale ainda mencionar que ter o apoio de um endocrinologista, um nutricionista e um educador físico faz toda a diferença para o controle do diabetes. 

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