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    Trombocitopenia: condição rara afeta coagulação e provoca sangramentos

    O organismo apresenta dificuldade para estancar o sangue e aumenta o risco de hemorragias

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 09/05/2025, às 16:34 - Atualizado em 21/05/2025, às 17:08

    trombocitopenia

    A trombocitopenia é um distúrbio sanguíneo raro, no qual a diminuição das plaquetas compromete a capacidade de coagulação do sangue. Quando estão em quantidade insuficiente, a pessoa pode ter sangramentos frequentes e de difícil controle. A forma imune da doença é diagnosticada em aproximadamente 3 a 4 pessoas por 100 mil adultos e crianças por ano. Continue a leitura para saber detalhes das causas, como é feito o diagnóstico e as opções de tratamento.

    Trombocitopenia: o que é?

    A trombocitopenia é uma condição em que há diminuição no número de plaquetas no sangue. Essas células, produzidas na medula óssea, têm função essencial na coagulação, pois se agrupam para formar coágulos e conter sangramentos em caso de lesões.

    Quando os níveis estão abaixo do normal, o organismo pode apresentar dificuldade para estancar o sangramento, permitindo sangramentos visíveis na pele, nas mucosas ou até mesmo internamente.

    Em situações leves, a condição pode ser assintomática, mas quedas mais acentuadas na contagem das plaquetas aumentam o risco de sangramentos graves, podendo inclusive levar a hemorragia cerebral.

    Essa condição pode se apresentar de forma aguda ou crônica e varia em intensidade, conforme a causa e o estado geral de saúde da pessoa.

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    Quais são as causas para a trombocitopenia?

    A trombocitopenia pode ter diversas causas, sendo as principais: 

    • Infecções virais: doenças como dengue, hepatite, HIV e herpes-zóster, que podem afetar a produção ou acelerar a destruição das plaquetas. 
    • Doenças autoimunes: como lúpus e púrpura trombocitopênica imune, em que o sistema imunológico ataca as próprias plaquetas. 
    • Uso de medicamentos: como quimioterápicos, antibióticos e anticonvulsivantes, que podem afetar a produção de plaquetas ou destruí-las. 
    • Distúrbios da medula óssea: como leucemias, linfomas e aplasia medular, que comprometem a formação normal das células sanguíneas. 
    • Consumo excessivo de álcool: que pode afetar tanto a medula óssea quanto a função hepática, influenciando negativamente a produção de plaquetas.
       

    Sintomas

    Os sintomas de trombocitopenia variam de acordo com a intensidade da redução das plaquetas no sangue, mas, entre os mais comuns estão  pequenas manchas vermelhas ou arroxeadas na pele, conhecidas como petéquias.

    Também é comum ocorrer sangramentos nas gengivas, no nariz e até mesmo na urina e nas fezes. Além disso, em algumas pessoas, a menstruação pode se tornar mais intensa e prolongada.

    Em estágios mais avançados, o indivíduo pode apresentar cansaço excessivo ocasionado pela anemia resultante, e em casos graves, podem surgir sangramentos internos, como no trato digestivo ou até mesmo no cérebro, o que representa risco à vida.

    Exames que auxiliam no diagnóstico da trombocitopenia

    O diagnóstico da trombocitopenia começa com a avaliação dos sintomas e do histórico de saúde do paciente. Durante a consulta, o médico analisa a presença de sangramentos frequentes, manchas pequenas e avermelhadas na pele e possíveis condições pré-existentes que possam estar relacionadas à redução das plaquetas.

    O hemograma é o exame de sangue mais utilizado para identificar a trombocitopenia, pois permite quantificar os diferentes tipos de células sanguíneas. Quando a contagem de plaquetas está abaixo de 150 mil por microlitro de sangue, já se configura um quadro da condição.

    Para investigar a causa da queda na contagem de plaquetas, podem ser solicitados exames complementares, como o mielograma, que avalia a função da medula óssea, responsável pela produção das plaquetas, ou outros exames laboratoriais. O coagulograma também pode ser indicado para analisar a capacidade de coagulação do sangue.

    Além disso, testes laboratoriais específicos ajudam a detectar infecções virais associadas à trombocitopenia, como hepatite, HIV e herpes-zóster. Em alguns casos, exames de imagem são recomendados para verificar alterações no baço ou em outros órgãos que possam influenciar na destruição ou no acúmulo de plaquetas.

    Formas de tratamento

    O tratamento da trombocitopenia depende da causa e da gravidade da condição. Mas, em casos leves, nem sempre é necessário intervir, e o médico faz o acompanhamento com exames periódicos.

    Já quando há sintomas ou risco de sangramentos, o médico pode prescrever medicamentos como corticoides ou imunoglobulinas para controlar a destruição das plaquetas.

    Em situações mais graves, pode ser necessária a transfusão de plaquetas ou o uso de remédios que estimulem sua produção.

    Quando a trombocitopenia é causada por outra doença, o foco do tratamento será o controle dessa condição. Em alguns casos, a remoção do baço pode ser considerada. Isso porque o órgão desempenha um papel significativo na destruição das plaquetas.

    É possível prevenir a trombocitopenia?

    Embora nem todos os casos de trombocitopenia possam ser evitados, algumas atitudes ajudam a reduzir o risco de desenvolver a condição ou, ao menos, a evitar que ela se agrave.

    Evitar o uso de medicamentos sem orientação, especialmente os que podem interferir na produção de plaquetas, também é fundamental.

    Além disso, manter a carteira de vacinação em dia e tratar infecções de forma adequada ajudam a proteger o organismo e a preservar a saúde do sangue.

    Qual médico procurar?

    Para avaliar e tratar a trombocitopenia, o profissional mais indicado é o hematologista, médico especializado em doenças do sangue, incluindo distúrbios das plaquetas. Outros especialistas podem auxiliar no tratamento também, incluindo o clínico e o infectologista.

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    Fonte: Dra. Lucilene Rodrigues – Hematologista

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