Vacinação para bebês: doenças graves são prevenidas já nos primeiros meses de vida
Calendário completo protege contra meningite, poliomielite, coqueluche e outras infecções graves
Para garantir um crescimento saudável, a vacinação para bebês é indispensável, sendo amplamente recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Cada vacina atua como um escudo, preparando o organismo para combater infecções que, de outra forma, poderiam ser graves. Conheça agora o cronograma completo e respostas às dúvidas mais comuns sobre o tema.
Neste artigo, você vai ler:
Vacinação para bebês: qual é o cronograma de 0 a 2 anos?
O cronograma de vacinação para bebês oferece proteção nos momentos mais vulneráveis da vida da criança.
Ao nascer
O bebê recebe a BCG, que protege contra as formas graves de tuberculose, e a primeira dose da vacina Hepatite B. A BCG deve ser aplicada o mais cedo possível em recém-nascidos com peso igual ou superior a 2 kg. A primeira dose da Hepatite B deve ser administrada nas primeiras 12 horas de vida.
Aos 2 meses
As vacinas 2 meses incluem a Hexavalente, a Pneumo 20 e a Rotavírus pentavalente. A Hexavalente protege contra coqueluche, difteria, poliomielite, tétano, Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B. A Pneumo 20 previne doenças como meningite, pneumonia, sepse, otite e sinusite causadas pelo pneumococo. A Rotavírus pentavalente, administrada por via oral, previne infecções por rotavírus que causam vômitos e diarreia intensos.
Aos 3 meses
O foco principal das vacinas 3 meses é a proteção contra a doença meningocócica. Na rede privada, são aplicadas as vacinas Meningocócica conjugada ACWY, que previne infecções causadas pelos sorogrupos A, C, W e Y da bactéria meningococo, e a Meningocócica B, que protege contra o sorogrupo B. No sistema público, a vacina utilizada é a Meningocócica C. As vacinas 3 meses são aplicadas de forma intramuscular na lateral da coxa do bebê.
Aos 4 meses
São administradas a segunda dose da Hexavalente, da Pneumo 20 e da Rotavírus pentavalente.
Pode também ser aplicada aos 4 meses de idade a vacina Pentavalente ao invés da Hexavalente. A vacina Pentavalente do sistema privado contém os mesmos imunizantes da vacina Hexavalente com exceção da vacina hepatite B.
Aos 5 meses
As vacinas 5 meses incluem a segunda dose da Meningocócica ACWY e da Meningocócica B. Ambas atuam na prevenção da meningite meningocócica, uma doença grave.
Aos 6 meses
As vacinas 6 meses incluem a terceira dose da Hexavalente, a Pneumo 20 e a Rotavírus pentavalente. Há também a vacina contra a gripe (Influenza), recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade. Na primovacinação de menores de 9 anos, são necessárias duas doses com intervalo de um mês.
Aos 6 meses de idade, a criança deve também receber a primeira dose da vacina COVID-19, disponível somente no SUS. Aos 7 meses deve ser administrada a 2ª dose da vacina COVID-19.
Aos 9 meses
É a vez da vacina febre amarela, com uma dose.
Entre 12 e 15 meses
São aplicadas doses de reforço da Pneumo 20, da Meningocócica ACWY e da Meningocócica B.
Aos 12 meses de idade é o período para a primeira dose da Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) e da Varicela (catapora).
A Hepatite A também pode ser aplicada a partir de 12 meses de idade, com uma segunda dose 6 meses após a primeira.
Aos 15 meses
As crianças recebem o primeiro reforço da poliomielite (VIP), da Haemophilus influenzae tipo b e da difteria-tétano e coqueluche acelular (DTPa); todos esses componentes estão contidos na vacina Pentavalente do sistema privado.
Também é o momento para a segunda dose da Tríplice Viral e da Varicela, que podem ser administradas com a vacina tetraviral (SCRV).
Qual a importância da imunização nessa fase da vida?
É fundamental que a imunização aconteça já no começo da vida, pois o sistema imunológico dos bebês ainda está em desenvolvimento e é mais vulnerável a infecções. As vacinas “treinam” o corpo para reconhecer e combater os agentes causadores de doenças antes que a criança seja exposta a eles. Isso evita o desenvolvimento de condições graves, sequelas permanentes e até o óbito.
Doenças como meningite, poliomielite, coqueluche e sarampo, que podem ser devastadoras para bebês, são prevenidas pela vacinação. Além de proteger o indivíduo, a vacinação em massa contribui para a imunidade coletiva, protegendo também aqueles que não podem ser vacinados.
Vacinação para bebês: possíveis eventos adversos
É natural que os pais se preocupem com a reação de vacinas em bebês. No entanto, a grande maioria dos eventos adversos é leve e transitória, indicando que o sistema imunológico está reagindo e construindo a proteção. As reações geralmente resolvem-se espontaneamente em até 48 a 72 horas e as mais frequentes seriam:
- No local da aplicação: vermelhidão, inchaço, dor e endurecimento.
- Sintomas gerais: febre, irritabilidade, choro, sonolência, perda de apetite, mal-estar e dor de cabeça.
A vacina BCG pode causar uma lesão no local da injeção que evolui ao longo de semanas.
A vacina meningocócica B é a que costuma causar mais reações, incluindo febre e irritabilidade, e pode até se formar um nódulo no local da vacinação que desaparece com o tempo.
A vacina rotavírus pode causar sintomas como amolecimento das fezes e aumento do número diário de evacuações. Esses sintomas se resolvem em 3 a 4 dias e ocorrem em menos de 10% dos vacinados.
É importante ressaltar que reações mais graves são extremamente raras. Caso os sintomas persistam ou sejam incomuns, é preciso buscar orientação médica. O uso de analgésicos ou antitérmicos deve ser feito sob recomendação de um profissional de saúde.
Como prevenir a bronquiolite em bebês?
A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos, que são as pequenas vias aéreas dos pulmões. Em geral, a doença é causada por uma infecção viral, em especial o vírus sincicial respiratório (VSR).
As formas mais eficazes de proteger o bebê são:
Vacina VSR para gestantes
A vacina VSR para gestantes protege os bebês através da passagem de anticorpos produzidos pela mãe após a vacinação e que são transferidos ao feto durante a gestação através da placenta. A vacina é administrada no terceiro trimestre da gestação, preferencialmente entre a 32ª e a 36ª semanas, para que, ao nascer, o bebê já tenha anticorpos contra o VSR.
A imunização reduz o risco de infecções graves por VSR nos primeiros meses de vida, período em que o bebê é mais vulnerável, reduzindo as hospitalizações e complicações.
Administração do anticorpo monoclonal (Nirsevimabe)
O Nirsevimabe é um anticorpo monoclonal específico contra o VSR. Ele é indicado em dose única para crianças com idade inferior ou igual a 12 meses na primeira sazonalidade do VSR, a partir do nascimento.
Para crianças de até 2 anos com maior risco na segunda sazonalidade, uma dose também é recomendada. O Nirsevimabe pode ser coadministrado com as demais vacinas.
O anticorpo não é recomendado para lactentes saudáveis menores de 12 meses cujas mães foram vacinadas contra o VSR durante a gestação. Entretanto, em alguns casos, as duas estratégias combinadas devem ser consideradas (mãe imunodeprimida, mãe vacinada com menos de 14 dias antes do parto, ou recém-nascido de alto risco).
Além da vacina VSR para gestantes e do Nirsevimabe, medidas gerais de prevenção também são importantes, como evitar contato com pessoas doentes, manter a higiene das mãos e do ambiente, e evitar locais com aglomeração.
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