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    Doenças cardiovasculares são risco silencioso e precisam de monitoramento

    Hábitos saudáveis e exames regulares são essenciais para prevenir e detectar precocemente essas condições

    Por Danielle MirandaPublicado em 29/04/2025, às 15:00 - Atualizado em 29/04/2025, às 15:02

    doenças cardiovasculares

    As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de morte no mundo e afetam milhões de pessoas todos os anos. No Brasil, dados da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) estimam que ocorrem 400 mil mortes todos os anos causadas por essas doenças. Essas condições englobam uma série de problemas que afetam o funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos e que, se não forem tratadas adequadamente, podem levar a complicações mais graves para a saúde. Veja a seguir quais são as principais causas desse problema e as formas de tratamento. 

    Doenças cardiovasculares: o que são?

    As doenças cardiovasculares são um conjunto de condições que afetam o sistema circulatório do nosso corpo e afetam principalmente (mas não só) o coração e os vasos sanguíneos.  

    Elas podem ser congênitas (presentes desde o nascimento, como as cardiopatias congênitas) ou adquiridas ao longo da vida devido a maus hábitos (como sedentarismo e má alimentação) ou predisposição genética.  

    Doenças cardiovasculares mais comuns

    As doenças cardiovasculares mais comuns são:  

    • Doença arterial coronariana (DAC); 
    • Infarto agudo do miocárdio; 
    • Acidente vascular cerebral (AVC); 
    • Doenças das válvulas cardíacas. 

    Em 2024, dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade do Ministério da Saúde indicaram que as doenças cardiovasculares mais letais no Brasil foram (nessa ordem): AVC, infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca.  

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    Fatores de Risco para doenças cardiovasculares

    Os fatores de risco para doenças cardiovasculares podem ser de dois tipos:  

    • Não modificáveis: incluem idade, sexo (homens têm maior risco precoce) e histórico familiar de doenças cardiovasculares e/ou de dislipidemia (que aumentam os níveis de colesterol e triglicerídeos no organismo). 
    • Modificáveis: relacionam-se mais com o estilo de vida e o ambiente; incluem sedentarismo, tabagismo, alimentação inadequada, alto consumo de ultraprocessados, obesidade/sobrepeso, estresse crônico e consumo excessivo de álcool. 

    Prevenção

    A prevenção de doenças cardiovasculares geralmente é feita com acompanhamento médico e passa por: realizar checkups regulares, controlar doenças crônicas que agravam o quadro (como diabetes, hipertensão e colesterol alto, caso elas existam) e ainda implementar mudanças no estilo de vida. Isso inclui: 

    • Manter uma alimentação equilibrada e saudável, rica em frutas, legumes e gorduras saudáveis. 
    • Evitar consumir ultraprocessados em excesso; 
    • Controlar o consumo de sódio; 
    • Praticar atividade física regularmente; 
    • Controlar o peso corporal; 
    • Gerenciar o estresse e a ansiedade com práticas como psicoterapia e meditação; 
    • Não fumar; 
    • Não consumir ou consumir álcool com moderação. 

    Sintomas de uma doença cardiovascular

    Os sintomas de doenças cardiovasculares podem variar de intensidade de acordo com a gravidade do problema. No infarto agudo do miocárdio, por exemplo, os pacientes podem experimentar sensação de aperto no peito, que pode ou não irradiar para o braço; formigamento em um ou ambos os braços; falta de ar e tontura. Vale lembrar que nem sempre todos esses sintomas precisam estar presentes, e que em mulheres e indivíduos com diabetes, o quadro clínico do paciente com infarto pode ser atípico.

    No caso do AVC, outra emergência cardiovascular aguda, pode ocorrer dor de cabeça intensa que pode vir acompanhada de tontura, vômitos, perda de consciência, dificuldades para falar ou alterações visuais.

    Outros sintomas comuns em doenças cardiovasculares são: 

    • Arritmias (dificuldade do músculo cardíaco em manter o ritmo de batimento); 
    • Falta de ar; 
    • Palpitações; 
    • Dor no peito (angina); 
    • Dor de cabeça; 
    • Sensação de pressão na nuca e nos ouvidos; 
    • Inchaço nas pernas e nos tornozelos; 
    • Cansaço excessivo sem motivo aparente.  

    Quando procurar por um médico?

    Qualquer dos sintomas acima deve ser avaliado por um médico para garantir que não há nenhum problema subdiagnosticado. 

    Nos casos de suspeita de AVC e infarto, deve-se buscar o pronto-atendimento ou serviço de emergência local imediatamente.

    Exames que auxiliam no diagnóstico das doenças cardiovasculares 

    • Eletrocardiograma (ECG): registra a atividade elétrica do coração. 
    • Ecocardiograma: utiliza ondas sonoras para avaliar a anatomia do coração. 
    • Exame MAPA: MAPA significa “Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial”; o exame serve para registrar a pressão arterial em intervalos programados durante 24 horas. 
    • Holter: monitora o ritmo cardíaco durante 24 horas. 
    • Teste ergométrico: avalia o funcionamento do coração durante esforço físico. 
    • Exames de sangue: avaliam níveis de colesterol, triglicerídeos e glicose. 

     Todos esses exames podem ser requisitados tanto para investigações diagnósticas como durante check-ups médicos para avaliar a saúde global do indivíduo.

    Importância dos exames de rotina

    O acompanhamento médico periódico e a realização dos exames de rotina são medidas fundamentais para identificar alterações precocemente e iniciar o tratamento adequado também de forma precoce.  

    Isso é importante pois muitas doenças cardiovasculares – como hipertensão arterial e doença arterial coronariana – podem ser controladas antes de se tornarem um problema grave, desde que diagnosticadas a tempo.

    Formas de tratamento para as doenças cardiovasculares

    O tratamento para doenças cardiovasculares depende do quadro. Algumas opções incluem:  

    • Uso de medicamentos para controle da pressão arterial, colesterol e arritmias; 
    • Mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação equilibrada e exercícios físicos; 
    • Procedimentos como angioplastia, implantação de marcapasso e cirurgias cardíacas, quando necessário.  

    Nos casos de AVC isquêmico (quando não há hemorragia cerebral) e infarto agudo do miocárdio, o atendimento de emergência é feito com o uso de medicamentos trombolíticos e colocação de stent para retomar o fluxo sanguíneo no vaso entupido. O tratamento é mais efetivo quando feito o mais precocemente possível, portanto, é fundamental que a procura pela assistência médica seja rápida.

    Por outro lado, no AVC hemorrágico, são feitos procedimentos para controlar a hemorragia e o edema cerebral posterior.

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    Fonte: Dra. Rica Buchler – cardiologista

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