Gripe e outras doenças de inverno: como prevenir

Gripe, resfriados e outras doenças respiratórias podem ocorrer durante todo o ano, mas são conhecidas por aumentarem de incidência justamente durante os meses de outono e inverno, quando as temperaturas estão mais baixas e o clima se torna bastante seco em diversas partes do Brasil.

Continue a leitura para entender o que provoca esse aumento de infecções e como é possível se prevenir delas.

O que é Gripe?

A gripe é uma infecção respiratória provocada por um vírus chamado Influenza.

Atualmente, são conhecidos três tipos de Influenza: o A, B e C. São exemplos de Influenza A os subtipos H1N1 e o H3N2. Já o Influenza B é dividido em duas linhagens chamadas Victoria e Yamagata.

Quais são os sintomas de gripe?

Embora seja causada por mais de um subtipo de Influenza, a gripe provoca sintomas parecidos e que geralmente surgem de forma súbita. São eles:

• Febre alta;
• Tosse;
• Dor de garganta;
• Dor de cabeça, no corpo e nas articulações;
• Calafrios;
• Fadiga;
• Coriza e nariz entupido.

Em alguns casos, a gripe também pode provocar sintomas gastrointestinais, como diarreia e vômito. Isso, no entanto, não é considerado frequente.

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Por que os casos de gripe aumentam no inverno?

A principal forma de contágio da gripe são as gotículas liberadas no ar quando a pessoa tosse ou espirra. E, como no inverno a tendência é passarmos mais tempo em espaços fechados e mais perto uns dos outros, o risco de contaminação aumenta.

Outro ponto é que o frio resseca a mucosa nasal, tecido que ajuda a nos proteger dos vírus. Com a mucosa fragilizada, fica mais fácil que o vírus entre e se multiplique, provocando a doença.

Outras doenças comuns no inverno

Não é apenas a gripe que aumenta de incidência durante o inverno. Outras doenças respiratórias também surgem com mais frequência nesse período. Algumas delas você confere a seguir:

Resfriado

O resfriado é uma infecção viral respiratória semelhante à gripe, porém, é um quadro mais ameno, que não provoca febre ou, no máximo, febre baixa.

Os principais causadores dos resfriados são os rinovírus, mas há outros, como o enterovírus (que também provoca diarreia e vômitos) e o VSR (vírus sincicial respiratório) que, em crianças, pode provocar também a bronquiolite.

Rinite e Sinusite

A rinite é uma inflamação da mucosa da cavidade nasal e pode ser causada por fatores alérgicos ou pela presença de vírus e bactérias, entre outros.

Já a sinusite é uma inflamação das cavidades paranasais (os seios da face) que também pode ser provocada pela presença de vírus e bactérias.

Nos dois casos, os quadros podem ser agudos ou crônicos, o que exige tratamento prolongado.

Bronquite

É uma inflamação respiratória nos brônquios, tubos que levam o oxigênio até os pulmões. Com isso, há acúmulo de secreção nas vias aéreas, provocando sintomas como tosse e falta de ar.

A doença pode ser desencadeada por vírus, bactérias ou pelo contato com poeira, inseticida e ácaros, entre outros possíveis irritativos.

Amigdalite

É uma doença infecciosa que atinge as amígdalas, também chamadas de tonsilas, estruturas que ficam no fundo da garganta e fazem parte do sistema de defesa do organismo.

Ela pode ser causada por vírus (o mais comum em crianças) ou bactérias (mais frequente em jovens e adultos) e provoca sintomas como febre, dor de garganta, falta de apetite, dificuldade para engolir e mau hálito.

No caso da amigdalite bacteriana, podem surgir também pontos amarelados de pus nas amígdalas.

Asma

A asma é uma doença respiratória crônica que afeta os pulmões e provoca uma inflamação nos brônquios – por isso, é bastante confundida com a bronquite.

A doença provoca tosse prolongada, chiado no peito, sensação de cansaço e pressão no peito.

A asma não é contagiosa e não é provocada por nenhum agente infeccioso, mas tende a piorar no inverno porque o frio irrita ainda mais as vias respiratórias.

Como prevenir gripe e doenças de inverno?

A gripe e outras doenças de inverno são bastante frequentes durante esse período, mas é possível tomar algumas medidas para prevenir esses quadros.

A primeira seria manter hábitos de higiene pessoal, como lavar sempre as mãos com água e sabão e usar álcool em gel quando isso não for possível.

Como essas doenças se propagam pelas gotículas do ar, o uso de máscaras em ambientes fechados – especialmente se você for de algum grupo de risco – ajuda a diminuir o risco de contaminação.

No caso da gripe, há ainda a vacina influenza, que é fundamental para prevenir os quadros graves da doença e deve ser aplicada em todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade.

Já as doenças crônicas, como bronquite e asma, devem ser acompanhadas por um médico especialista para que as medidas de controle da doença sejam tomadas, evitando complicações.

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Fonte: Sumirê Sakabe, infectologista do Hospital Nove de Julho, em São Paulo (SP).