Molusco contagioso afeta crianças e adultos; conheça os sintomas
Infecção viral e acomete a pele e provoca pequenas lesões que podem transmitir a doença se forem tocadas
Durante o verão, é comum ver famílias aproveitando os dias quentes e ensolarados em piscinas de clubes ou na praia. Mas esse ambiente úmido é também o local ideal para a transmissão de micoses e outros problemas de pele, como o molusco contagioso. Essa doença viral acomete principalmente as crianças, mas pode surgir também em adultos. Apesar de não ser grave, a condição causa preocupação por seu potencial de transmissão e pelo desconforto estético que causa. Veja mais a seguir.
Neste artigo, você vai ler:
O que é molusco contagioso?
O molusco contagioso é uma infecção viral causada pelo poxvírus e se caracteriza por lesões (pequenas pápulas) na pele com formato arredondado. As lesões geralmente são indolores e possuem uma depressão central, têm coloração semelhante à da pele ou ligeiramente rosadas
A infecção é mais comum em crianças, mas também pode ocorrer em adultos, especialmente naqueles com sistema imunológico comprometido ou que mantêm contato próximo com indivíduos infectados.
Embora não represente um risco à saúde geral, o molusco contagioso pode causar incômodo devido ao seu aspecto visual e ao risco de disseminação para outras áreas do corpo.
Molusco contagioso é HPV?
Não, o molusco contagioso não é o mesmo que a infecção provocada pelo HPV (Papilomavírus Humano). Embora ambos sejam vírus que infectam a pele e as mucosas, eles pertencem a famílias virais diferentes e causam doenças distintas.
O HPV está associado ao desenvolvimento de verrugas e olho de peixe, enquanto as lesões provocadas pelo molusco contagioso são benignas e não têm qualquer relação com o surgimento de câncer.
Como se pega molusco contagioso?
O molusco contagioso é transmitido pelo contato direto com a pele de uma pessoa infectada ou pelo uso de objetos contaminados, como toalhas, roupas ou brinquedos. Além disso, no caso dos adultos, a transmissão também pode ocorrer durante relações sexuais.
Em crianças, a infecção é frequentemente associada à presença em ambientes escolares ou creches, além de praias, clubes e academias, onde o contato próximo é comum. Pessoas com a pele lesionada ou comprometida, como em casos de dermatites, também estão mais suscetíveis à infecção.
Quais são os sintomas de molusco contagioso?
Os sintomas do molusco contagioso são cutâneos, ou seja, se manifestam por meio das lesões típicas da doença. Elas podem ser:
- Pequenas “bolinhas” (geralmente com menos de 5 milímetros de diâmetro);
- Aparência lisa e brilhante;
- Cor semelhante à pele ou ligeiramente rosada;
- Com uma depressão central, que pode ou não conter um material esbranquiçado.
As lesões geralmente aparecem em grupos e podem se desenvolver em qualquer parte do corpo, embora sejam mais comuns no rosto, tronco, axilas e genitais. Elas não costumam causar dor, mas podem gerar coceira ou irritação.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do molusco contagioso é clínico, ou seja, baseado na avaliação das lesões pelo médico. Em casos duvidosos, pode ser necessário realizar uma biopsia da pele para confirmar o diagnóstico. Isso ajuda a diferenciar a condição de outras doenças de pele que podem apresentar sintomas semelhantes.
Qual é o tratamento para molusco contagioso?
Em muitos casos, o próprio sistema imunológico do indivíduo pode eliminar o vírus espontaneamente, sem a necessidade de tratamento, e as lesões vão regredir sozinhas.
Outra opção é remover as lesões para evitar que a doença se espalhe para outras partes do corpo. Elas podem ser retiradas por meio de técnicas como curetagem, crioterapia (congelamento), eletrocauterização ou laser.
Pode-se também optar por usar produtos como ácido salicílico ou hidróxido de potássio, que promovem uma esfoliação na pele e ajudam a remover as lesões.
Por fim, é importante que o tratamento seja realizado sob orientação médica para evitar complicações, como cicatrizes.
Qual médico procurar?
O dermatologista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar o molusco contagioso. Além disso, para adultos com lesões em áreas genitais, um médico urologista ou ginecologista pode auxiliar no manejo da condição.
Autocuidados para molusco contagioso
Além de passar por uma avaliação médica e seguir corretamente o tratamento recomendado, algumas medidas de autocuidado podem ajudar a prevenir sua transmissão:
- Evite coçar ou esfregar as lesões para não espalhar o vírus para outras áreas do corpo;
- Use toalhas e roupas individuais, evitando compartilhá-las com outras pessoas;
- Lave as mãos frequentemente, especialmente após tocar as lesões;
- Cubra as áreas afetadas com curativos para reduzir o risco de transmissão.
Com essas medidas, é possível minimizar os impactos do molusco contagioso e proteger as pessoas ao redor.
Fonte: Marcela Pincelli, dermatologista na Dasa