5 passos para cuidar melhor da saúde bucal

A saúde bucal é classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um indicador-chave da saúde geral, do bem-estar e da qualidade de vida. Isso porque se há algo de errado na nossa boca, é possível que os prejuízos se estendam para outras regiões do corpo.

Há estudos que demonstram uma relação entre a condição oral e quadros como osteoporose e doenças cardíacas, renais e circulatórias. Sabe-se, por exemplo, que a doença periodontal (inflamação que acomete a gengiva, o osso e os ligamentos periodontais que dão suporte aos dentes) aumenta o risco de infarto do miocárdio e endocardite bacteriana.

E processos fisiológicos não ficam de fora. Problemas na saúde bucal são capazes de impactar até a gestação, podendo aumentar o risco de parto prematuro ou de o bebê nascer com baixo peso.

O contrário também é verdade: complicações em outras partes do corpo podem afetar a boca. Afinal, o organismo humano é um só. Alterações sistêmicas – como diabetes, distúrbios hormonais e alterações cardiovasculares e pulmonares – podem agravar a doença periodontal.

A boa notícia é que as doenças bucais são causadas, em parte, por fatores nos quais podemos interferir. Veja algumas dicas de hábitos que devemos adotar para cuidar melhor da nossa saúde bucal:

1. Escovar bem os dentes

Esse primeiro ponto parece óbvio, mas não custa nada reforçar. A escovação – acompanhada do uso de fio dental – é a melhor forma de manter a saúde bucal.

É preciso escovar os dentes depois de acordar e de realizar refeições e antes de dormir. Nesse último caso, vale ter uma dedicação a mais: não tenha pressa e faça uma escovação de maior qualidade.

O recomendado por especialistas é que, na hora da escovação, os cremes fluoretados sejam usados regularmente. Eles contribuem para deixar o esmalte do dente (material que reveste e protege o dente) mais duro e mineralizado. O flúor ainda auxilia a saliva a repor os minerais perdidos pelo dente.

2. Ter uma dieta saudável

Para a prevenção de doenças bucais, a OMS recomenda uma dieta balanceada, com pouco açúcar, rica em frutas e vegetais e que privilegie a água como principal bebida.

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Vale ressaltar que a ingestão de açúcares e alimentos com amido (aqueles que são pegajosos) aumenta a necessidade de fazer uma boa escovação dos dentes.

E os açúcares, em especial, são fundamentais para a sobrevivência e a multiplicação do Streptococcus mutans, bactéria responsável pela cárie.

3. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas

Grande parte das bebidas alcoólicas são ácidas, o que pode desencadear problemas como descalcificação do esmalte do dente, mau hálito, cárie, gengivite, dentes manchados e câncer de boca.

Por isso, recomenda-se evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.

4. Evitar o tabagismo

O tabagismo é um forte fator de risco para doenças periodontais. Além disso, a comunidade médica reconhece que o tabagismo pode acarretar danos irreversíveis à saúde.

Isso porque ele é um vasoconstritor, ou seja, diminui a circulação. Assim, o alcance das células de defesa, que são conduzidas pelos vasos sanguíneos, é reduzido. Como resultado, o sistema imunológico e a sustentação dos dentes ficam fragilizados.

5. Ir ao dentista periodicamente

Ir a consultas periódicas com um dentista ou cirurgião-dentista é importante para checar se está tudo em ordem e fazer um exame clínico. O ideal é que as visitas aconteçam a cada seis meses.

Fontes: Dagmar de Paula Queluz, professora associada da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Efigênia Ferreira e Ferreira, professora titular da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).