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Para que serve a vitamina B3 e quais alimentos são as melhores fontes?

Conhecida como niacina, ela ajuda no metabolismo e protege a pele. Mas seu consumo exagerado pode levar a problemas de saúde

Fonte: Dra. Clarisse PontesEndocrinologistaPublicado em 13/06/2025, às 14:15 - Atualizado em 17/07/2025, às 14:06

vitamina b3

A vitamina B3 é fundamental para o metabolismo energético, a síntese de DNA e diversas funções celulares. Mas um estudo recente do National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI) trouxe um alerta importante sobre ela.

A pesquisa associou níveis excessivos da vitamina a um maior risco de doenças cardíacas. Sim, a vitamina B3, ou niacina, é essencial para o corpo. Mas seu consumo deve ser equilibrado.  

O que é a vitamina B3 (Niacina)?

A vitamina B3 é um nutriente que faz parte do complexo B. Ela também é conhecida pelo nome de niacina e desempenha diversas funções vitais. 

Trata-se de uma vitamina solúvel em água. Ou seja: o organismo não a armazena em grandes quantidades e o excesso geralmente é eliminado pela urina.  

O próprio corpo consegue produzir um pouco de niacina. Ele usa um aminoácido chamado triptofano para isso. Mas a maior parte da vitamina B3 vem da alimentação.

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Para que serve a vitamina B3?

A principal função da vitamina B3 é atuar no metabolismo energético. Ela ajuda a transformar os alimentos que comemos em energia para as células. 

Além disso, a niacina é importante para a saúde do DNA. Ela participa de processos de reparo do material genético. 

A vitamina B3 também tem um papel na função cognitiva e no controle do colesterol. Estudos mostram que ela pode ajudar a aumentar os níveis de HDL – o “colesterol bom” – em até 30%. 

O que são as vitaminas do complexo B?

As vitaminas do complexo B são um grupo de oito nutrientes solúveis em água. São elas: B1, (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B5 (ácido pantotênico), B6 (piridoxina), B7 (biotina), B9 (folato) e B12 (cobalamina).  

As substâncias que eram chamadas de vitaminas B4, B8, B10 e B11, com o avanço dos estudos científicos, foram “rebaixadas” de categoria. Isso porque não cumpriam os critérios para serem consideradas uma vitamina. Por exemplo, não são essenciais, ou seja, o corpo não consegue produzi-las e precisa obtê-las pela dieta. 

Vamos então conhecer um pouco de outras vitaminas do complexo B?  

  • B1 (tiamina): conversão de carboidratos em energia e é essencial para o sistema nervoso. 
  • B2 (riboflavina): atua na produção de energia e na manutenção da saúde da pele e dos olhos. 
  • B3 (niacina): importante para o metabolismo energético, a função digestiva e a saúde da pele. 
  • B5 (ácido pantotênico): ajuda a metabolizar gorduras, proteínas e carboidratos, além de produzir hormônios. 
  • B6 (piridoxina): importante para o metabolismo de proteínas, formação de glóbulos vermelhos e criação de neurotransmissores. 
  • B7 (biotina): auxilia no metabolismo de todos os macronutrientes e na saúde de cabelo, pele e unhas. 
  • B9 (folato): fundamental para a síntese de DNA e o desenvolvimento celular, sendo vital na gravidez. 
  • B12 (cobalamina): necessária para a formação de células sanguíneas, função neurológica e síntese de DNA. 

Sintomas da falta de vitamina B3

A falta grave de vitamina B3 no corpo causa uma doença chamada pelagra. E falta grave não é apenas baixo nível de uma vitamina, mas isso significa que as reservas do corpo estão tão esgotadas que surgem doenças e sintomas. E, no caso da vitamina B3, seria a pelagra. 

Os sintomas mais comuns da pelagra são conhecidos como os “3 Ds”.  

  • Dermatite (inflamação e lesões na pele). 
  • Diarreia (problemas gastrointestinais). 
  • Demência (alterações neurológicas e cognitivas). 

Quando procurar por um médico?

Você deve procurar um médico se apresentar sintomas que sugiram a falta grave de vitamina B3. Por exemplo: lesões de pele, diarreia persistente ou confusão mental. Ou seja: a suplementação com niacina pode ser indicada para tratar a pelagra.  

A maioria das pessoas não precisa se preocupar com a falta de vitamina B3. A recomendação de ingestão diária é de 16 mg para homens adultos. Para mulheres adultas, o valor é de 14 mg. Para se ter uma ideia, um filé de peito de frango de 100 gramas pode ter até 24 mg da vitamina. 

A prioridade para obter niacina deve ser sempre a alimentação. A suplementação só deve ser feita com orientação profissional, e caso uma deficiência seja constatada.

Se você tem dúvidas sobre o tema, agende uma consulta com seu médico. O check-up de rotina é o momento ideal para discutir suas necessidades e entender se há alguma necessidade específica no seu caso.  

Quais os riscos do excesso de vitamina B3?

O consumo excessivo de vitamina B3, principalmente por meio de suplementos, pode causar problemas de saúde toxicidade para o fígado e problemas gastrointestinais. 

Na verdade, o efeito colateral mais conhecido da suplementação em altas doses é o “flush da niacina”. Ele causa vermelhidão, coceira e sensação de calor na pele. Embora geralmente inofensivo, pode ser bastante incômodo.  

Além disso, em estudo do NHLBI (o National Heart, Lung, and Blood Institute, nos Estados Unidos), o excesso de niacina foi associado a um risco cardiovascular elevado.  

Por todos esses motivos, a suplementação só é recomendada quando há diagnóstico de deficiência e com estrito acompanhamento profissional. 

Qual exame avalia os níveis de vitamina B3?

O exame que avalia os níveis de vitamina B3 é a “dosagem sérica de vitamina B3” ou “niacina sérica”. Este exame de sangue mede a quantidade de niacina presente no soro sanguíneo.  

A amostra de sangue é coletada e analisada em laboratório e o exame não exige preparo. 

Fontes de Niacina

A vitamina B3 pode ser encontrada em alimentos de origem animal e vegetal.  E as principais fontes são: 

  • Carnes vermelhas e de aves; 
  • Peixes; 
  • Amendoim; 
  • Vegetais verdes, como couve-manteiga e espinafre; 
  • Extrato de tomate. 

Não é preciso fazer nenhum malabarismo para garantir as doses indicadas. Basta adotar uma dieta diversa e baseada em alimentos naturais ou minimamente processados. 

No Brasil, as farinhas de trigo e milho costumam ser enriquecidas com a vitamina. E isso ajuda a população a atingir as recomendações diárias. 

Tratamentos para a falta de vitamina B3

O tratamento para a falta de vitamina B3 geralmente envolve a suplementação. E essa suplementação deve ser sempre prescrita e acompanhada por um médico.  

Em casos de deficiência causada por inflamações severas, a abordagem pode ser diferente. Nessas situações, o corpo tem um metabolismo muito alto de vitamina B3. E o foco do tratamento seria combater a inflamação que está causando a alta demanda pelo nutriente, em vez de apenas suplementar a vitamina. 

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