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Hemoglobina Glicada: o que é, valores e o que fazer quando está alta

O exame serve para avaliar a média de açúcar no sangue nos últimos três meses.

Por Tiemi OsatoPublicado em 01/08/2023, às 11:20 - Atualizado em 12/04/2024, às 11:50

hemoglobina glicada

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O exame de hemoglobina glicada é uma ferramenta importante para detectar casos de pré-diabetes ou diabetes, além de ser útil para monitorar o controle da doença em pacientes já diagnosticados. 

O que é hemoglobina glicada? 

A hemoglobina é uma proteína encontrada nas hemácias, que são as células do sangue responsáveis por transportar oxigênio pelo nosso corpo. 

Quando a hemoglobina está ligada à glicose (açúcar), ela recebe o nome de hemoglobina glicada. Quanto maior a quantidade de açúcar na corrente sanguínea, maior é o nível de hemoglobina glicada no organismo. 

Como o exame de hemoglobina glicada é feito? 

O exame de hemoglobina glicada avalia como esteve a glicemia (ou seja, a quantidade de açúcar na corrente sanguínea) de uma pessoa nos últimos 3 meses. 

Esse procedimento é feito por meio de uma coleta de sangue e não exige jejum. 

Na maioria dos casos, o exame de hemoglobina glicada é solicitado para: 

  • Diagnosticar pré-diabetes e diabetes mellitus; 
  • Acompanhar o controle glicêmico de pacientes já diagnosticados com diabetes. 

Vale dizer que o exame de hemoglobina glicada é diferente do exame de glicose. Esse último mede o nível de açúcar no sangue especificamente no momento da coleta, sendo suscetível a alterações caso seja feito logo após uma refeição por isso, ele requer jejum. 

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Quais são os valores da hemoglobina glicada? 

Os valores de referência do exame de hemoglobina glicada são: 

  • De 4,5 a 5,6% – normal; 
  • De 5,7 a 6,4% – provável diagnóstico de pré-diabetes; 
  • Acima de 6,5% – diabetes. 

Hemoglobina glicada alta: o que pode ser? 

No caso de resultados entre 5,7 e 6,4%, o diagnóstico mais provável é o de pré-diabetes, sendo necessário prosseguir com acompanhamento médico.  

Se essa condição for diagnosticada em fase inicial e tratada adequadamente, há chances de evitar ou retardar o desenvolvimento do diabetes. 

Já valores acima de 6,5% caracterizam o diabetes e devem ser confirmados em uma segunda coleta ou com a medida da glicemia de jejum. Nessas situações, também é fundamental contar com acompanhamento médico para controlar a doença. 

Quanto maior o valor da hemoglobina glicada, pior está o controle glicêmico. Com isso, maiores são os riscos de o paciente desenvolver complicações do diabetes — que podem atingir diversas partes do corpo, incluindo olhos, rins, pernas e coração. 

Qual médico procurar? 

O endocrinologista é o médico habilitado a tratar casos de hemoglobina glicada elevada. 

Muitas vezes, também recomenda-se o acompanhamento com um nutricionista, já que o paciente precisará fazer ajustes na dieta para ter uma alimentação mais adequada — evitando o excesso de açúcar, gordura e álcool e priorizando alimentos naturais e integrais. 

Fonte: Dra. Roberta Frota Villas-Boas, endocrinologista do Hospital Nove de Julho (SP).

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