Hemoglobina Glicada: o que é, valores e o que fazer quando está alta
O exame serve para avaliar a média de açúcar no sangue nos últimos três meses.
O exame de hemoglobina glicada é uma ferramenta importante para detectar casos de pré-diabetes ou diabetes, além de ser útil para monitorar o controle da doença em pacientes já diagnosticados.
Neste artigo, você vai ler:
O que é hemoglobina glicada?
A hemoglobina é uma proteína encontrada nas hemácias, que são as células do sangue responsáveis por transportar oxigênio pelo nosso corpo.
Quando a hemoglobina está ligada à glicose (açúcar), ela recebe o nome de hemoglobina glicada. Quanto maior a quantidade de açúcar na corrente sanguínea, maior é o nível de hemoglobina glicada no organismo.
Como o exame de hemoglobina glicada é feito?
O exame de hemoglobina glicada avalia como esteve a glicemia (ou seja, a quantidade de açúcar na corrente sanguínea) de uma pessoa nos últimos 3 meses.
Esse procedimento é feito por meio de uma coleta de sangue e não exige jejum.
Na maioria dos casos, o exame de hemoglobina glicada é solicitado para:
- Diagnosticar pré-diabetes e diabetes mellitus;
- Acompanhar o controle glicêmico de pacientes já diagnosticados com diabetes.
Vale dizer que o exame de hemoglobina glicada é diferente do exame de glicose. Esse último mede o nível de açúcar no sangue especificamente no momento da coleta, sendo suscetível a alterações caso seja feito logo após uma refeição — por isso, ele requer jejum.
Quais são os valores da hemoglobina glicada?
Os valores de referência do exame de hemoglobina glicada são:
- De 4,5 a 5,6% – normal;
- De 5,7 a 6,4% – provável diagnóstico de pré-diabetes;
- Acima de 6,5% – diabetes.
Hemoglobina glicada alta: o que pode ser?
No caso de resultados entre 5,7 e 6,4%, o diagnóstico mais provável é o de pré-diabetes, sendo necessário prosseguir com acompanhamento médico.
Se essa condição for diagnosticada em fase inicial e tratada adequadamente, há chances de evitar ou retardar o desenvolvimento do diabetes.
Já valores acima de 6,5% caracterizam o diabetes e devem ser confirmados em uma segunda coleta ou com a medida da glicemia de jejum. Nessas situações, também é fundamental contar com acompanhamento médico para controlar a doença.
Quanto maior o valor da hemoglobina glicada, pior está o controle glicêmico. Com isso, maiores são os riscos de o paciente desenvolver complicações do diabetes — que podem atingir diversas partes do corpo, incluindo olhos, rins, pernas e coração.
Qual médico procurar?
O endocrinologista é o médico habilitado a tratar casos de hemoglobina glicada elevada.
Muitas vezes, também recomenda-se o acompanhamento com um nutricionista, já que o paciente precisará fazer ajustes na dieta para ter uma alimentação mais adequada — evitando o excesso de açúcar, gordura e álcool e priorizando alimentos naturais e integrais.
Fonte: Dra. Roberta Frota Villas-Boas, endocrinologista do Hospital Nove de Julho (SP).