Agorafobia: sintomas, causas e como superar
Agorafobia é um medo incontrolável – ou evitativo – de situações ou lugares onde é difícil escapar ou receber ajuda em caso de emergência.
Neste artigo, você vai ler:
Fonte: Livia Beraldo, psiquiatra do Hospital Nove de Julho, em São Paulo.
Suor excessivo, estado de alerta constante e medo de locais fechados ou com muitas pessoas são apenas alguns dos sintomas de agorafobia.
O termo “Ágora” é de origem grega e remete a uma época em que existiam grandes praças onde o público se reunia para eventos políticos, culturais e religiosos em Atenas. Já “Fobia”, é a aversão persistente a um objeto ou uma situação, neste caso, o de estar presente nesses tipos de encontros.
Juntas, esses termos formaram o conceito de agorafobia, que nada mais é do que um medo incontrolável – ou evitativo – de situações ou lugares de onde é difícil escapar ou receber ajuda em caso de emergência.
Nos casos mais graves, compromete tanto a vida pessoal quanto a profissional do paciente. A boa notícia é que existe tratamento para o distúrbio. Nesse sentido, buscar o tratamento especializado com um psiquiatra é fundamental.
A seguir, mais informações sobre suas causas, diagnóstico e tratamento.
O que é agorafobia?
Agorafobia é um distúrbio de ansiedade geralmente associado a crises de pânico.
Em outras palavras, trata-se do medo de lugares ou situações em que é difícil escapar ou receber ajuda em caso de emergência, como em meio a multidões, transportes públicos, entre outros.
Quais as causas da agorafobia?
A agorafobia pode surgir sem causa aparente. No entanto, existem alguns fatores que podem contribuir para desencadear o distúrbio. Alguns deles são:
- Ambiente ou situações de estresse;
- Eventos traumáticos, como morte de familiar próximo ou agressão durante a infância;
- Abuso de substâncias químicas, como a dependência de álcool;
- Histórico de transtornos de ansiedade ou depressão na família;
- Existência de outros tipos de transtorno de ansiedade.
Sintomas de agorafobia
Os sintomas de agorafobia podem ter consequências físicas e emocionais. Alguns exemplos são:
- Evitar eventos, espaços e/ou lugares grandes fechados ou ao ar livre, como em shows e parques;
- Insegurança e tensão ao utilizar transporte público;
- Medo de sair de casa sozinho/a e permanecer em locais abertos lotados ou fechados que pareçam difíceis de sair;
- Dificuldade para dormir;
- Aperto no peito e dificuldade para respirar;
- Aumento da pressão arterial;
- Dores de cabeça, musculares e enjoos.
Como diagnosticar a agorafobia?
O diagnóstico é clínico e geralmente feito por um psiquiatra ou psicólogo que irá analisar os sintomas e o histórico do paciente.
Durante a avaliação do paciente, poderão ser realizados testes psicológicos e uma abordagem diagnóstica a fim de descobrir o foco do medo do indivíduo.
Sendo assim, algumas questões podem ser levantadas, como: quais as situações temidas? Como o paciente se comporta diante delas: ele evita ou suporta com uma pessoa ao lado? Aquele momento é desproporcional ao perigo real?
Diferenças entre agorafobia e síndrome do pânico
Enquanto quem tem agorafobia tem medo ou evita lugares ou situações específicas, quem tem síndrome do pânico sofre com episódios de pânico repentinos e inesperados, independentemente da localização ou situação.
Tratamentos da agorafobia
O tratamento é feito com a combinação de psicoterapia e medicamentos. Para isso, um médico deverá ser consultado, uma vez que cada caso deve ser analisado individualmente.
Psicoterapia
Tratamento colaborativo em que paciente e psicólogo trabalham juntos. Uma das técnicas que podem ser realizadas é a terapia de exposição, onde o indivíduo fica frente a frente com situações que lhe causam perigo e o profissional o ajuda a superar a ansiedade.
Medicamentos
Antidepressivos, calmantes e tranquilizantes poderão ser receitados por um psiquiatra para ajudar a controlar os sintomas.