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Síndrome da pessoa rígida: entenda o que ela causa

Condição de saúde rara afeta mais mulheres e provoca espasmos e forte rigidez nos músculos do corpo

Por Danielle SanchesPublicado em 04/01/2024, às 10:27 - Atualizado em 11/04/2024, às 18:03

síndrome da pessoa rígida

Você já ouviu falar da síndrome da pessoa rígida? Essa condição rara e pouco conhecida ficou famosa nos últimos tempos depois que a cantora Céline Dion recebeu o diagnóstico. A doença autoimune afeta cerca de um em cada um milhão de pessoas e é mais comum em mulheres.

Continue a leitura para entender melhor o que essa síndrome provoca e quais os tratamentos disponíveis atualmente.  

O que é síndrome da pessoa rígida? 

A síndrome da pessoa rígida ou Síndrome de Stiff-Person é uma condição neurológica rara caracterizada por rigidez muscular progressiva, especialmente nas costas, pescoço e membros.  

A incapacidade de realizar movimentos normais e a persistência da rigidez são os principais marcadores da condição, que pode impactar tanto a mobilidade quanto a qualidade de vida do indivíduo afetado. 

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O que causa síndrome da pessoa rígida? 

As causas exatas da síndrome da pessoa rígida são desconhecidas. No entanto, acredita-se que seja uma doença autoimune – quando o sistema imunológico do corpo ataca por engano as células saudáveis do cérebro, causando a rigidez muscular e os espasmos.  

Algumas pessoas também apresentam anticorpos específicos que podem ser fatores causais e auxiliar no diagnóstico da doença, como por exemplo o anti-GAD (presente em muitos pacientes com diabetes tipo 1). 

Quais são os sintomas da síndrome da pessoa rígida? 

Os sintomas da síndrome da pessoa rígida geralmente começam leves e vão progredindo ao longo do tempo, comprometendo cada vez mais o grau de autonomia do paciente. Os sintomas mais comuns incluem: 

  • Rigidez muscular, principalmente no tronco e no abdômen; 
  • Espasmos musculares, que podem ser dolorosos e incapacitantes; 
  • Dificuldade para mover os braços e as pernas; 
  • Alterações da marcha; 
  • Dificuldade para engolir; 
  • Dificuldade para respirar.

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico da síndrome da pessoa rígida geralmente envolve uma avaliação clínica detalhada do paciente, análise do histórico médico e também exame de sangue para detectar a presença de autoanticorpos associados à síndrome.  

Além disso, exames de imagem, como ressonância magnética, podem ser realizados para excluir outras condições que possam apresentar sintomas semelhantes. 

É importante dizer que alguns pacientes passam anos sem diagnóstico específico (até 10 anos) e, nesse período, não raro, acabam tendo outros diagnósticos, como fibromialgia, ansiedade e depressão, para explicar os sintomas. 

Síndrome da pessoa rígida tem cura? 

Não existe cura para a síndrome da pessoa rígida, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. 

Qual é o tratamento para síndrome da pessoa rígida? 

O tratamento tem como objetivo controlar a rigidez muscular e aliviar os sintomas associados a ela, bem como melhorar a qualidade de vida do indivíduo.

Nesse sentido, tanto sessões de fisioterapia como o uso de medicamentos para relaxamento muscular podem ser recomendados. A abordagem terapêutica é personalizada, levando em consideração a gravidade dos sintomas e a resposta individual de cada paciente. 

Qual médico trata síndrome de Stiff-Person? 

O médico responsável pelo tratamento da síndrome da pessoa rígida é o neurologista. 

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Fonte: Dr. Gabriel Bienes, neurologista do Hospital Leforte-Liberdade (SP). 

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