Síndrome da pessoa rígida: entenda o que ela causa
Condição de saúde rara afeta mais mulheres e provoca espasmos e forte rigidez nos músculos do corpo
Você já ouviu falar da síndrome da pessoa rígida? Essa condição rara e pouco conhecida ficou famosa nos últimos tempos depois que a cantora Céline Dion recebeu o diagnóstico. A doença autoimune afeta cerca de um em cada um milhão de pessoas e é mais comum em mulheres.
Continue a leitura para entender melhor o que essa síndrome provoca e quais os tratamentos disponíveis atualmente.
Neste artigo, você vai ler:
O que é síndrome da pessoa rígida?
A síndrome da pessoa rígida ou Síndrome de Stiff-Person é uma condição neurológica rara caracterizada por rigidez muscular progressiva, especialmente nas costas, pescoço e membros.
A incapacidade de realizar movimentos normais e a persistência da rigidez são os principais marcadores da condição, que pode impactar tanto a mobilidade quanto a qualidade de vida do indivíduo afetado.
O que causa síndrome da pessoa rígida?
As causas exatas da síndrome da pessoa rígida são desconhecidas. No entanto, acredita-se que seja uma doença autoimune – quando o sistema imunológico do corpo ataca por engano as células saudáveis do cérebro, causando a rigidez muscular e os espasmos.
Algumas pessoas também apresentam anticorpos específicos que podem ser fatores causais e auxiliar no diagnóstico da doença, como por exemplo o anti-GAD (presente em muitos pacientes com diabetes tipo 1).
Quais são os sintomas da síndrome da pessoa rígida?
Os sintomas da síndrome da pessoa rígida geralmente começam leves e vão progredindo ao longo do tempo, comprometendo cada vez mais o grau de autonomia do paciente. Os sintomas mais comuns incluem:
- Rigidez muscular, principalmente no tronco e no abdômen;
- Espasmos musculares, que podem ser dolorosos e incapacitantes;
- Dificuldade para mover os braços e as pernas;
- Alterações da marcha;
- Dificuldade para engolir;
- Dificuldade para respirar.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da síndrome da pessoa rígida geralmente envolve uma avaliação clínica detalhada do paciente, análise do histórico médico e também exame de sangue para detectar a presença de autoanticorpos associados à síndrome.
Além disso, exames de imagem, como ressonância magnética, podem ser realizados para excluir outras condições que possam apresentar sintomas semelhantes.
É importante dizer que alguns pacientes passam anos sem diagnóstico específico (até 10 anos) e, nesse período, não raro, acabam tendo outros diagnósticos, como fibromialgia, ansiedade e depressão, para explicar os sintomas.
Síndrome da pessoa rígida tem cura?
Não existe cura para a síndrome da pessoa rígida, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Qual é o tratamento para síndrome da pessoa rígida?
O tratamento tem como objetivo controlar a rigidez muscular e aliviar os sintomas associados a ela, bem como melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
Nesse sentido, tanto sessões de fisioterapia como o uso de medicamentos para relaxamento muscular podem ser recomendados. A abordagem terapêutica é personalizada, levando em consideração a gravidade dos sintomas e a resposta individual de cada paciente.
Qual médico trata síndrome de Stiff-Person?
O médico responsável pelo tratamento da síndrome da pessoa rígida é o neurologista.
Fonte: Dr. Gabriel Bienes, neurologista do Hospital Leforte-Liberdade (SP).