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    Atraso na menstruação e náuseas são os principais sintomas de gravidez

    Saiba identificar os sinais menos comuns, e quando realizar o exame beta hCG para confirmar a gravidez

    Fonte: Dr. Heron Werner Jr.Doutor e professor em ginecologia, obstetrícia e ultrassonografiaPublicado em 13/06/2025, às 14:12 - Atualizado em 10/07/2025, às 17:22

    sintomas de gravidez

    Os sintomas de gravidez podem variar muito entre as mulheres. Neste momento, os hormônios se ajustam para preparar o organismo para o bebê. Por isso, conhecer esses sinais é o primeiro passo para entender essa nova fase. E, confirmada a gestação, buscar acompanhamento médico.

    Sintomas de gravidez: quais são os primeiros sinais? 

    O primeiro sinal de gravidez pode ser muito sutil e aparecer antes mesmo do atraso menstrual. Muitas vezes, ele é um leve sangramento rosado, que dura poucos dias. Esse escape é decorrente da nidação e acontece quando o óvulo fecundado se implanta na parede do útero. Cólicas leves podem acompanhar este momento. 

    Logo depois, surge o sinal mais famoso e que serve de alerta para a maioria das mulheres: a ausência da menstruação. O atraso do fluxo menstrual é o principal indício de uma possível gestação, especialmente para quem tem um ciclo regular. 

    Após o atraso, geralmente entre a quinta e a sétima semana da gravidez, outros sintomas começam a aparecer de forma mais clara. Eles são resultado do aumento dos hormônios no corpo. Os mais comuns nessa fase são: 

    • Os seios ficam mais doloridos, pesados e inchados. 
    • Cansaço fora do normal, mesmo sem grandes esforços. 
    • Vertigens leves, principalmente ao se levantarem. 

    Já os conhecidos enjoos costumam surgir um pouco mais tarde, por volta da sétima semana de gestação. 

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    Outros sintomas de gravidez 

    Além dos sintomas mais conhecidos, há outros sinais de uma possível gravidez: 

    • A vontade de urinar se torna mais constante. 
    • A mulher pode se sentir mais sensível ou irritada. 
    • Cheiros que antes passavam despercebidos podem se tornar fortes e até incômodos. 
    • O intestino pode ficar mais lento, causando prisão de ventre. 

    É importante lembrar que nem todas as mulheres sentirão todos os sinais. Algumas podem ter apenas alguns deles. 

    Sintomas de gravidez silenciosa 

    A gravidez silenciosa acontece quando a mulher não percebe que está grávida. A descoberta pode acontecer no final da gestação ou, em casos mais raros, até na hora do parto. É uma situação pouco comum, mas que pode acontecer.  

    Geralmente, a mulher não nota os sinais ou os confunde com outras condições. Fatores como estresse intenso, rotinas muito corridas ou até mesmo o medo de engravidar podem fazer com que a mulher negue os sintomas de forma inconsciente.  

    Alguns sinais de uma gestação podem ser interpretados de outra forma. Veja como:  

    • Sangramentos: pequenos sangramentos podem acontecer durante a gestação. E mulher pode confundi-los com uma menstruação irregular, principalmente se seus ciclos já não são regrados.  
    • Barriga: em mulheres com músculos abdominais mais fortes, o bebê pode se desenvolver mais perto da coluna. Já em casos de sobrepeso, o aumento da barriga pode ser visto apenas como ganho de peso.  
    • Movimentos do bebê: os chutes e movimentos podem ser muito sutis. E, muitas vezes, são confundidos com gases ou outros movimentos intestinais.  
    • Sintomas clássicos: enjoos, cansaço e seios doloridos podem surgir de forma muito leve ou simplesmente não acontecer.  

    Algumas condições aumentam a chance de uma gravidez passar despercebida. Mulheres com ciclos menstruais irregulares, que estão acima do peso, que são atletas ou que estão próximas da menopausa podem ter mais dificuldade em notar as mudanças.   

    O maior risco da gravidez silenciosa é a falta de acompanhamento pré-natal, o que pode trazer complicações para a saúde da mãe e do bebê. 

    Quando realizar o exame beta hCG para confirmar a gravidez? 

    O exame de Beta hCG é o método mais confiável para confirmar a gravidez. Ele detecta a presença do hormônio gonadotrofina coriônica humana. E este hormônio só é produzido durante a gestação.  

    O teste pode ser feito com uma amostra de urina, como nos testes de farmácia, ou por um exame de sangue, que é bem mais preciso. 

    O ideal é realizar o exame após o atraso da menstruação. Nesse período, os níveis do hormônio já estão mais altos – e isso torna o resultado mais seguro, evitando um falso negativo. Mas o hormônio já pode ser detectado no sangue cerca de seis dias após a fecundação. 

    Existem dois tipos de Beta hCG de sangue. O qualitativo apenas informa se o resultado é positivo ou negativo. Já o quantitativo mede a quantidade exata do hormônio. Essa medição ajuda o médico a acompanhar a evolução inicial da gestação. 

    Quando iniciar o acompanhamento pré-natal? 

    O acompanhamento de pré-natal deve começar assim que a gravidez for descoberta. O ideal, na verdade, seria começar os cuidados antes mesmo de engravidar. Na consulta pré-concepcional, o médico já avalia a saúde da mulher. Mas, se isso não for possível, o importante é agendar a primeira consulta assim que o teste der positivo. 

    No pré-natal, o médico consegue detectar e tratar problemas de forma precoce. Isso reduz os riscos de complicações na gestação e no parto. Nessas trocas entre médico e paciente, a mulher também recebe suporte emocional para atravessar essa fase. 

    Exames importantes durante a gestação 

    Durante o pré-natal, o médico solicita vários exames para monitorar a saúde da gestante e do feto em cada fase. O primeiro é o exame de sangue, que inclui uma série de análises. Entre elas, estão o hemograma, a tipagem sanguínea, a glicemia e a sorologia para doenças como sífilis, HIV e hepatites. 

    Já os exames de ultrassom permitem ver o bebê, acompanhar seu crescimento e verificar sua formação. Três ultrassons são considerados essenciais: 

    • Primeiro trimestre: realizado por volta de 8 semanas para confirmar a idade gestacional. 
    • Morfológico do primeiro trimestre: feito entre 11 e 13 semanas, avalia riscos de síndromes. 
    • Morfológico do segundo trimestre: realizado entre 20 e 24 semanas, analisa em detalhes a anatomia do bebê. 

    Existe também exames adicionais como o NIPT, um teste de triagem pré-natal não invasivo realizado a partir da décima semana. Ele é feito com o sangue da mãe para analisar o DNA do feto. Dessa forma, o NIPT avalia o risco de anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Down.  

    Para os pais ansiosos para saber o sexo do bebê, existe também a sexagem fetal. Este é outro exame de sangue que pode ser feito logo a partir da oitava semana de gestação. Ele serve para identificar o sexo do bebê antes mesmo do ultrassom. 

    Vacinas recomendadas para gestantes 

    Algumas vacinas são tão importantes que fazem parte do calendário de rotina de toda grávida. Elas protegem contra doenças graves e são seguras para a mãe e para o bebê. 

    • Tríplice Bacteriana Acelular (dTpa): protege contra o tétano, a difteria e a coqueluche. A proteção contra a coqueluche é especialmente importante para o bebê nos seus primeiros meses de vida. 
    • Hepatite B: é recomendada caso a mulher ainda não tenha sido imunizada. Ela previne a infecção pelo vírus da hepatite B, que pode ser transmitida ao bebê. 
    • Gripe (Influenza): gestantes são consideradas grupo de risco para complicações da doença. Por isso, a vacina é fortemente recomendada e oferecida gratuitamente durante as campanhas anuais. 

    Vacinas para gestantes em situações especiais 

    Existem vacinas que podem ser indicadas pelo médico em casos específicos. A decisão leva em conta o estado de saúde da mulher, seu histórico, a região onde vive ou o risco de surtos de certas doenças.  

    As vacinas para situações especiais podem incluir a da Hepatite A, a pneumocócica e a meningocócica. 

    Vacinas não recomendadas 

    Algumas vacinas são contraindicadas durante a gestação. Geralmente, são aquelas produzidas com vírus vivos, pois podem apresentar algum risco ao feto. As principais são a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), HPV, varicela (catapora) e dengue.

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