nav-logo
Compartilhe

    Gordura no fígado: o que é, sintomas e como tratar

    Doença ocorre quando mais de 5% das células hepáticas encontram-se compostas por gordura

    Por Tiemi OsatoPublicado em 19/06/2023, às 17:22 - Atualizado em 03/04/2024, às 15:10

    Gordura no fígado

    Agendar consulta on-line

    Ter gordura no fígado nem sempre é um problema. Até certo ponto é, inclusive, normal. No entanto, se mais de 5% das células do fígado estiverem compostas por gordura, fica configurada a doença hepática gordurosa (também chamada de esteatose hepática). 

    O que é gordura no fígado? 

    Gordura no fígado é o nome popular de esteatose hepática. Se essa condição não for tratada, o acúmulo excessivo de gordura no fígado vai aumentando cada vez mais e, com isso, gera uma inflamação no órgão. As complicações mais graves são fibrose, cirrose e câncer. 

    A esteatose hepática pode ser alcoólica ou não alcoólica. No primeiro caso, o acúmulo exagerado de gordura no fígado é causado pelo consumo de bebidas alcoólicas. No segundo, pode ser desencadeada por: 

    • Obesidade; 
    • Sobrepeso; 
    • Diabetes; 
    • Resistência insulínica; 
    • Dislipidemia; 
    • Hipertensão; 
    • Doenças coronarianas; 
    • Sedentarismo; 
    • Fatores genéticos. 

    Além disso, o acúmulo de gordura no fígado pode ser o resultado de hepatites (como as causadas pelos vírus B e C) e do uso de medicamentos (como alguns hormônios e corticoides). 

    Agendar consulta on-line

    Tipos de gordura no fígado 

    Com base no acúmulo de gordura, a esteatose hepática pode ser classificada em: 

    • Grau 1 (leve): quando o acúmulo de gordura é pequeno. 
    • Grau 2 (moderada): são casos de acúmulo moderado de gordura. 
    • Grau 3 (acentuada): nesse caso, há um grande acúmulo de gordura no órgão. 

    Porém, nem sempre um maior acúmulo de gordura no fígado está relacionado a uma maior gravidade da doença. Para determinar quão severa é a esteatose hepática, é preciso considerar também a história do paciente. 

    Fatores como hipertensão, dislipidemia, obesidade e sedentarismo, por exemplo, contribuem para agravar o quadro, uma vez que aumentam o risco de o indivíduo desenvolver complicações (inflamação, fibrose e cirrose hepática). 

    Sintomas de gordura no fígado 

    A esteatose hepática tem evolução frequentemente lenta e silenciosa. Os estágios mais leves e iniciais não costumam causar manifestações específicas. 

    Conforme a doença avança, alguns sinais podem surgir. Os sintomas dos quadros graves incluem: 

    • Dor no abdômen; 
    • Barriga inchada; 
    • Dor de cabeça; 
    • Cansaço; 
    • Fraqueza; 
    • Perda de apetite. 

    Já nas fases ainda mais graves o paciente pode ter: 

    • Confusão mental; 
    • Fadiga; 
    • Membros inferiores inchados; 
    • Aumento do volume abdominal; 
    • Hemorragias; 
    • Icterícia (pele e olhos amarelados). 

    Como é feito o diagnóstico? 

    O excesso de gordura no fígado pode ser detectado por exames de imagem, como ultrassom de abdômen, mas muitas vezes a investigação inclui a dosagem de alguns exames de sangue, como ferritina e enzimas hepáticas, para a comprovação de outras alterações nas células hepáticas.  

    Ainda podem ser utilizados outros exames, como tomografia, ressonância magnética e elastografia hepática transitória (sendo que este último pode avaliar a elasticidade do tecido do fígado e a quantidade de gordura presente).  

    Em algumas situações, pode ser necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico. 

    Como tratar gordura no fígado? 

    O tratamento da esteatose hepática varia de acordo com as individualidades de cada paciente, especialmente a causa dessa condição, e com o estágio da doença. De forma geral, é muito importante praticar atividades físicas frequentemente e ter uma alimentação equilibrada, diversificada e saudável. 

    A depender do grau de inflamação, o médico hepatologista também pode ponderar os riscos e os benefícios de adotar medicamentos para diminuir ou evitar o dano inflamatório ao órgão. 

    Prevenção da gordura no fígado 

    Para manter os níveis de gordura no fígado dentro do limite considerado saudável, é fundamental ter um peso adequado para a sua altura e idade, evitar o sedentarismo e controlar as doenças metabólicas. 

    Quanto às refeições, o ideal é priorizar frutas, legumes, verduras e carnes magras e evitar frituras, gorduras e doces. No caso dos carboidratos, é mais recomendado optar pelos integrais. 

    Por fim, vale a pena dizer que o Ministério da Saúde chama atenção para alguns alimentos que são fonte de colina e betaína (nutrientes que ajudam a retirar gordura do fígado). São eles: 

    • Quinoa; 
    • Beterraba; 
    • Espinafre; 
    • Farelo e gérmen de trigo; 
    • Ovo; 
    • Soja. 

    Sabia que você pode agendar seus exames e consultas no Nav Dasa? Cadastre-se para consultar a disponibilidade.

    Agendar consulta on-line

     

    Fonte: Lisa Rodrigues da Cunha Saud, hepatologista do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. 

    Encontrou a informação que procurava?
    nav-banner

    Veja também

    Faça sua consulta sem sair de casaAgendar consulta online